A Prio (PRIO3) anunciou nesta quinta-feira (1º) a aquisição da participação de 60% da Equinor no campo de Peregrino, localizado na Bacia de Campos, por US$ 3,5 bilhões. Com a operação, a petroleira brasileira passa a deter 100% do ativo, consolidando-se como uma das maiores produtoras independentes de petróleo do país.
O negócio adiciona 202 milhões de barris de reservas e recursos “1P+1C” ao portfólio da Prio, que já havia adquirido os 40% restantes do campo da chinesa Sinochem em 2024 por cerca de US$ 1,92 bilhão. Com isso, a empresa assume integralmente a operação do campo, que é um dos maiores ativos offshore do Brasil.
A transação, que ainda está sujeita a aprovações regulatórias, tem data efetiva retroativa a 1º de janeiro de 2024. Até a conclusão, a Equinor continuará responsável pelas operações do campo.
Com essa aquisição, a Prio reforça sua posição de destaque no setor de petróleo e gás brasileiro, ampliando sua capacidade de produção e reservas. A empresa, controlada por Nelson Tanure e liderada por Roberto Monteiro, tem se destacado por sua estratégia de crescimento agressiva e foco em ativos maduros offshore.
“A aquisição aumenta significativamente a produção da Prio em 55%, atingindo aproximadamente 162 kbpd (considerando os dados de março). Ao deter e operar integralmente o ativo, a Prio pode aproveitar as sinergias dos campos próximos e implementar medidas de eficiência de custos para aumentar a lucratividade”, afirmou o Itaú BBA em relatório.
O campo de Peregrino, anteriormente operado pela norueguesa Equinor, é um dos maiores campos de petróleo em águas profundas do Brasil e representa um ativo estratégico para a Prio.
Prio (PRIO3) sobe mais de 5% com compra do campo de Peregrino
Na sessão desta sexta-feira (2), as ações da Prio (PRIO3) estão subindo 5,90%, a R$ 35,70, por volta das 11h50 (horário de Brasília), após o anúncio da quisição de 60% do campo de Peregrino, na Bacia de Campos, por US$ 3,35 bilhões.
A operação significa uma nova etapa na expansão da Prio e está sendo bem recebida por analistas de mercado, com projeções otimistas para os ganhos futuros da empresa.
A aquisição será dividida em duas partes: US$ 2,399 bilhões por 40%, com o direito de operar o campo, e outros US$ 950 milhões pelos 20% restantes, segundo o Bradesco BBI.