Em relatório, o Morgan Stanley destacou a Prio (PRIO3) como a principal escolha para o setor de petróleo e gás natural brasileiro, mantendo recomendação overweight (acima da média do mercado) e reduzindo o preço-alvo de R$ 66 para R$ 65.
A justificativa do banco para essa escolha é que, segundo ele, mesmo com atraso no primeiro óleo da Wahoo e excesso de produção recente, os papéis da Prio (PRIO3) ainda têm um robusto FCF (retorno de fluxo de caixa livre) e uma opção “diferenciada” em M&A (fusões e aquisições), além de um dividendo atrativo.
Já o JPMorgan chama a atenção para a licença de perfuração da Wahoo continuada, pois o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) está em greve desde janeiro, afetando o início do processo nos quatro poços de desenvolvimento na Wahoo da PRIO.
“Com disponibilidade limitada de embarcações de apoio para lançamento de dutos em toda a indústria (necessárias para a conexão dos poços na estrutura de amarração), a estimativa original de primeiro óleo para agosto agora parece irrealista”, avaliam analistas do JPMorgan, conforme antecipado pelo “InfoMoney”.
O relatório do JPMorgan ainda aponta que um atraso causado por fatores externos — como a greve prolongada do Ibama — está além do controle da empresa e não deve ser observado como uma falha na execução.
Por outro lado, o banco alerta que a situação pode ter provocado revisões negativas de lucros de curto prazo, considerando que o primeiro é adiado para quando se aproximar o final do ano.
Mesmo com o cenário pouco favorável, o JPMorgan — bem como o Morgan Stanley — observa um bom retorno de fluxo de caixa livre, ficando em 16% em 2024 e em 27% em 2025. O percentual é atrativo, considerando o menor risco de execução de projetos em comparação com outras empresas do setor.
Diante disso, o banco manteve a recomendação de compra para as ações da PRIO e elevou o preço-alvo de R$ 65 para R$ 70.
Prio (PRIO3): produção em março cresce 4,1%
A dilvulgação da prévia operacional da Prio (PRIO3), antiga PetroRio, aponta um crescimento de 4,1% na produção em março, o equivalente a 86,2 mil boed (barris de óleo equivalente por dia).
De acordo com a companhia, a produção em Campo de Frade foi o que puxou a alta de março – 47,07 mil boed por dia, uma alta de 17,1% na base mensal.
Na sequência, aparecem o Campo de Albacora Leste, com produção de 23,49 mil boed em dezembro, volume 11,7% menor ante o mês de fevereiro.