Capitalização

Raízen cai quase 10% após Petrobras negar investimento e Citi rebaixar recomendação

A Raízen enfrenta pressões após divulgar resultados abaixo do esperado no primeiro trimestre da safra 2025/26 e admitir que avalia uma capitalização

Foto: Divulgação
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A Raízen (RAIZ4) despencava quase 10% no início da tarde desta terça-feira (19), em um pregão já negativo para o Ibovespa, após a Petrobras (PETR4) negar qualquer intenção de investir na joint venture entre Shell e Cosan. O movimento foi reforçado pelo rebaixamento do Citi para as ações da companhia.

Por volta das 13h09 (horário de Brasília), os papéis da Raízen recuavam 9,57%, cotados a R$ 1,04. No acumulado de 2025, a empresa já perde cerca de 70% de valor de mercado.

A resposta da Petrobras veio após reportagem do jornal O Globo, publicada na segunda-feira (18), afirmar que a estatal avaliava adquirir ativos da Raízen para retomar presença no setor de etanol e distribuição.

No mesmo contexto, a Raízen enfrenta pressões após divulgar resultados abaixo do esperado no primeiro trimestre da safra 2025/26 e admitir que avalia uma capitalização, com possível entrada de novos investidores. Segundo o Money Times, diante do cenário, o Citi cortou a recomendação de compra para neutra e reduziu o preço-alvo de R$ 2,00 para R$ 1,30, queda de 35%.

Cosan será diluída na capitalização da Raízen, diz portal

De acordo com a apuração do portal The AgriBiz, a Cosan (CSAN3) será diluída na capitalização da Raízen (RAIZ4), que deve contar com a entrada de um novo sócio. Informação foi publicada na noite de quinta-feira (14).

A preparação do aumento de capital da Raízen, sinalizada na quarta-feira (13), gerou dúvidas entre investidores sobre a participação do Grupo Cosan nesta transação.

O AgriBiz, inclusive, chamou a atenção para a queda dos papéis da CSAN3 na quinta, mais de 6% e uma das maiores baixas do Ibovespa. RAIZ4 também registrou queda no mesmo dia (12,5%). A reação negativa tende a ser dissipara com a confirmação da ausência da Cosan do aumento de capital, o que vai eximir a empresa de um desembolso bilionário.

O aumento de capital deve envolver um aporte da Shell, que compartilha o controle da Raízen com a Cosan.