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Reag (REAG3) despenca mais de 17% com operação da PF na Faria Lima

Segundo as investigações, foram identificadas irregularidades em várias etapas do processo de produção e distribuição de combustíveis no Brasil

Foto: Divulgação
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As ações da Reag Investimentos (REAG3) derretem na bolsa brasileira nesta quinta-feira (28) e lideram a ponta negativa da B3. Os papéis registraram queda de 17,55%, a R$ 3,10, na abertura do mercado. 

Ao longo do dia a contração foi arrefecendo. Por volta das 13h11 (horário de Brasília), as ações caiam 13,60%, a R$ 3,26. 

A Reag, considerada uma das maiores administradoras de recursos do país, é um dos 350 alvos de uma megaoperação envolvendo as polícias Federal, Civil e Militar, além do Ministério Público de São Paulo e do Ministério Público Federal realizada nesta manhã na região da Avenida Brigadeiro Faria Lima, centro financeiro paulista.

Investigações e irregularidades

Segundo as investigações, foram identificadas irregularidades em várias etapas do processo de produção e distribuição de combustíveis no Brasil.

Aproximadamente 1.000 postos de combustíveis vinculados ao PCC (Primeiro Comando da Capital) teriam movimentado R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024, e os criminosos teriam sonegado mais de R$ 7 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais, como apontou o MoneyTimes.

Reag é alvo de operação que mira atuação do PCC na Faria Lima

Operação Carbono Oculto, que cumpre mandados de busca e apreensão e de prisão em investigação sobre a atuação do PCC (Primeiro Comando da Capital) em negócios da economia formal, colocou entre os suspeitos uma empresa listada na B3 (Bolsa de Valores brasileira), a Reag Investimentos (REAG3), conforme informações divulgadas nesta quinta-feira (28).

Reag é uma das maiores gestoras independentes do Brasil — ou seja, sem ligação com um banco. O principal foco da companhia é a gestão de recursos e patrimônio.

Os agentes chegaram à sede da empresa, na Alameda Gabriel Monteiro, na zona oeste da capital paulista, nas primeiras horas desta manhã. Também estiveram em outras administradoras em três endereços da Avenida Faria Lima, que concentra as principais empresas financeiras do Brasil.