Despesas financeiras

Rumo (RAIL3) reverte lucro e tem prejuízo de R$ 97 mi no 1TRI25

O resultado foi pressionado principalmente pelas despesas financeiras, que totalizaram R$ 300,3 milhões

Foto: Divulgação
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A Rumo (RAIL3), empresa de logística da Cosan, apresentou um prejuízo de R$ 97,1 milhões no primeiro trimestre de 2025, revertendo o lucro líquido de R$ 368,3 milhões registrado no mesmo período de 2024. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (8) pela companhia.

A receita operacional líquida somou R$ 2,96 bilhões, queda de 5,7% na comparação anual.

O resultado foi pressionado principalmente pelas despesas financeiras, que totalizaram R$ 300,3 milhões — revertendo uma receita financeira de R$ 343,1 milhões no mesmo intervalo de 2024 — e pela baixa contábil (“impairment”) de R$ 286 milhões na subsidiária Malha Sul.

As despesas operacionais também impactaram negativamente o desempenho, avançando 128,7% em relação ao ano anterior, para R$ 490,4 milhões. Já as despesas com vendas subiram 23%, atingindo R$ 14,2 milhões.

Os custos com imposto de renda e contribuição social sobre o lucro cresceram 5,3%, somando R$ 122,3 milhões.

O custo de serviços prestados, por sua vez, recuou 7,8% na base anual, totalizando R$ 1,68 bilhão.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1,35 bilhão, uma retração de 20,1% frente ao primeiro trimestre de 2024. A margem Ebitda caiu 8,2 pontos percentuais, de 53,7% para 45,5%.

As ações da empresa fecharam nesta quinta-feira com alta de 2,45%, a R$ 19,21.

Rumo (RAIL3) tem nota BB+ reforçada pela Fitch

A agência de classificação Fitch Ratings, reiterou nota de crédito BB+ em cenário internacional e AAA para o mercado interno da Rumo (RAIL3). A companhia ferroviária e de logística e pertencente a Cosan e foi considerada estável pela agência internacional.

De acordo com os analistas Gisele Paolino, Diego Diaz e Fernanda Rezende, as notas refletem o desempenho dos negócios da Rumo. A empresa é considerada uma das maiores operadora ferroviárias do Brasil. Os analistas afirmam que a Rumo tem perspectiva de geração de fluxo de caixa operacional e margens sólidas.

“O risco de concentração das operações no agronegócio é mitigado pelas fortes vantagens competitivas das ferrovias no transporte de cargas no Brasil”, afirma a agência de classificação de riscos.