Sabesp
Foto: Sabesp / Divulgação

A Sabesp (SBSP3) deve antecipar cerca de R$ 6,3 bilhões em investimentos para elevar sua capacidade hídrica. O valor será destinado aos projetos do ciclo de obras iniciado em 2024 e que vai até 2030, de acordo com o presidente da companhia, Carlos Piani.

“[As obras] tornam a empresa menos dependente de ciclos de chuvas”, afirmou Piani, em teleconferência com analistas, segundo o Valor.

Até 2026, deverão ser adicionados 8,4 m³/s (metros cúbicos por segundo) por meio de projetos de retrofit, expansão e reúso indireto de água, que somam R$ 4,3 bilhões em investimentos.

Em 2027, está prevista a adição de mais 4 m³/s, com iniciativas como a reativação da interconexão entre os sistemas Billings–Taiaçupeba. Já até 2030, a companhia espera incorporar mais de 10 m³/s, com novos projetos de reúso e a transferência de água entre o Paraíba do Sul e o Alto Tietê.

As projeções não incluem, por enquanto, a aquisição da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), anunciada no início de outubro. A operação ainda está em fase de aprovações regulatórias e, segundo Piani, deve ser concluída entre o quarto trimestre deste ano e o primeiro trimestre de 2026.

Sabesp fecha o 3º trimestre com queda de quase 65% no lucro

Sabesp (SBSP3) registrou lucro líquido de R$ 2,16 bilhões no terceiro trimestre de 2025, uma queda de 64,7% em relação aos R$ 6,1 bilhões obtidos no mesmo período do ano passado. O lucro por ação foi de R$ 3,16, ante R$ 8,94 um ano antes.

Segundo a companhia, o desempenho foi afetado principalmente pelo aumento das despesas com construção de novos projetos e pela reclassificação de resultados financeiros ligados a concessões.

Entre julho e setembro, o custo com construções mais do que dobrou, alcançando R$ 4 bilhões, alta de 175% em relação aos R$ 1,4 bilhão do terceiro trimestre de 2024. O avanço reflete o ritmo das obras voltadas à universalização do saneamento básico, que somaram 148 mil novas ligações de água e esgoto no período.