O financiamento será usado nos programas "Água Legal" e "Se Liga na Rede", destinados a incluir um milhão de pessoas no saneamento básico em São Paulo e na Baixada Santista(Foto: divulgação/Sabesp)
Foto: divulgação/Sabesp

A Sabesp (SBSP3) anunciou na noite de sexta-feira (24) que foi aprovada a 37ª emissão de debêntures simples no valor total de R$ 5 bilhões.

De acordo com fato relevante divulgado pela companhia de saneamento básico, a emissão será destinada somente a investidores profissionais em até duas séries.
A Sabesp vem realizando uma sequência de emissões bilionárias de debêntures. Segundo o InfoMoney, no dia 25 de julho, a empresa anunciou emissão no total de R$ 3 bilhões, dias após aprovar uma emissão de debêntures de R$ 1 bilhão.

Sabesp: aquisição, expansão e ganho financeiro de longo prazo

Sabesp (SBSP3) segue em direção à universalização de seus serviços. Recentemente, a companhia anunciou a aquisição de ativos hidrológicos da Emae, movimento que foi bem recebido pelo mercado brasileiro.

A empresa está “avaliando todas as oportunidades que estão vindo a mercado”, afirmou o CEO, Carlos Piani, em entrevista à Folha de S.Paulo. “Estamos avançados em relação à meta, então isso já nos permite sonhar.”

O governo de São Paulo abriu mão do controle da Sabesp em julho de 2024, transferindo à Equatorial Energia uma participação estratégica como parte do processo de privatização comandado pelo governador Tarcísio de Freitas.

Nesse contexto, a compra da Emae pela Sabesp representa um marco simbólico para o setor — não apenas pela expansão de ativos, mas também pelo sinal que transmite ao mercado sobre as ambições futuras da empresa.

Numa operação de R$ 1,13 bilhão, a aquisição teve foco nos reservatórios Guarapiranga e Billings, reforçando a “segurança hídrica em regiões-chave” e integrando sistemas operacionais.

Análise de especialistas sobre aquisição da Emae

Segundo Alexandre Pletes, head de renda variável na Faz Capital, “a aquisição dos reservatórios da Emae (Guarapiranga e Billings) é vista com bons olhos pelo mercado no médio e longo prazos”. Ele acrescenta: “A percepção inicial é de que a aquisição foi razoavelmente bem precificada, considerando o potencial de geração de valor dos ativos.”