Patamar histórico

Sabesp (SBSP3): privatização tem R$ 186,8 bi de demanda, com ações a R$ 67

A demanda atingiu um patamar histórico e foi impulsionada apelo preço abaixo em negociação na Bolsa brasileira

Sabesp (SBSP3)
Sabesp (SBSP3) / Foto: Reprodução/Facebook

A segunda etapa da oferta de privatização da Sabesp (SBSP3), em que 17% das ações da companhia foram oferecidas, atraiu R$ 186,8 bilhões em ordens. Os papéis foram vendidos a R$ 67 por ação, o que representa aproximadamente 18,5% abaixo do valor em que as ações são negociadas na Bolsa. As informações foram obtidas pelo “Valor”.

Com isso, o pagamento total pela fatia da Sabesp (SBSP3) será de R$ 7,9 bilhões. No total, a oferta deverá ser de R$ 14,8 bilhões, considerando os demais 15% que já foram adquiridos pela Equatorial (EQTL3).

A demanda da oferta atingiu um recorde no país, de acordo com as informações que foram divulgadas por meio de uma fonte que não quis se identificar.

Para analistas, um dos fatores centrais para a forte procura foi o preço dos papéis, que ficou inferior ao valor em negociação na Bolsa brasileira.

O valor pago pelos investidores na segunda fase da oferta será o mesmo proposto pela Equatorial na primeira fase do processo, em que foi selecionado o sócio de referência da companhia.

Pelos moldes da privatização, o preço da primeira fase funcionou como um teto para a segunda etapa, considerando que os papéis em toda a oferta teriam que ser vendidos pelo mesmo valor.

Sabesp (SBSP3): Equatorial é confirmada como investidora de referência

No âmbito da privatização da Sabesp (SBSP3), a Equatorial (EQTL3) foi confirmada como investidora de referência, após cumprior as exigências que o prospecto da oferta pública para aquisição de 15% das ações da empresa previam, afirmou a Secretaria do Governo do Estado de São Paulo.

Atualmente, cerca de 50% das ações da Sabesp pertencem ao Estado, depois da oferta essa porcentagem caiu para 18%, enquanto o investidor estratégico terá 15%. O restante dos papéis será dividido entre os acionistas minoritários. 

Mesmo com a redução de sua participação, deixando de ser o acionista controlador, o Estado de São Paulo ainda manterá a golden share na empresa, o que significa que terá direito de veto nas decisões.