A Azul (AZUL3) reportou um primeiro trimestre com fortes resultados, segundo a análise do Santander, que destaca o Ebitda 8% acima do previsto.
O resultado foi impulsionado por uma combinação de crescimento moderado anual na receita operacional por assentos-quilômetro oferecidos (Rask) e uma queda significativa no custo operacional por assento disponível por quilômetro (Cask).
Além disso, a empresa manteve sua alavancagem estável em 3,7 vezes a dívida pelo Ebitda (ND/Ebitda) nos últimos 12 meses, com a administração visando alcançar um múltiplo de cerca de 3,0 vezes até o final de 2024, conforme destacado pelos analistas Lucas Barbosa, Lucas Esteves e Gabriel Tinem em seu relatório aos clientes.
O Ebitda recorrente da Azul atingiu R$ 1,4 bilhão no primeiro trimestre de 2024, registrando um aumento de 37% em relação ao ano anterior, com uma margem de Ebitda de 30,2% (+7,3 pontos percentuais).
Cask da Azul (AZUL3) reduz 6%
Quanto ao Cask da Azul (AZUL3), houve uma redução de 6% em comparação com o primeiro trimestre de 2023, principalmente devido à diminuição nos custos de combustível por assentos-quilômetro oferecidos (ASK) em 21%, combinada com a queda de 19% nos preços do combustível por litro e uma frota mais eficiente em termos de combustível.
Por outro lado, o Cask ex-combustível aumentou 5% em um ano, destacando-se o aumento de 22% nos salários e benefícios por ASK, resultante de contratações no quarto trimestre de 2023, internalização de algumas atividades para otimização de custos e aumentos salariais relacionados a acordos trabalhistas.
O Cask é obtido dividindo a receita operacional por quilómetros lugares disponíveis. Geralmente, quanto maior for o RASK, mais lucrativa é a companhia aérea em questão.
A receita é representada em centimos e não se limita apenas à venda de bilhetes, pois existem outros fatores de eficiência que são levados em consideração.
Recomendação segue neutra
O Santander mantém sua recomendação neutra para a Azul (AZUL3), com um preço-alvo de R$ 16,50, representando um potencial de valorização de 49,6% em relação ao fechamento de sexta-feira (10).
Por volta das 15h40 (horário de Brasília) os papéis ordinários da aérea registravam uma leve alta de 0,23%, cotado a R$ 11,26. Neste mesmo periodo o pregão era de ganhos, com o Ibovespa, principal índice do mercado acionário subia 0,44%, aos 128 155 pontos.