Empresa tem "dever social"

Silveira sobre gestão da Petrobras (PETR4): "somos controladores"

O ministro de Minas e Energia defendeu uma gestão equilibrada na Petrobras, mas ressaltou que o governo é controlador

Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia / Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), defendeu uma gestão equilibrada entre o interesse dos investidores e do país na Petrobras (PETR4). Silveira ressaltou que o governo é controlador da companhia e “não pode se envergonhar disso”.

As declarações foram concedidas nesta segunda-feira (27) a jornalistas durante reunião do Grupo de Trabalho de Transição Energética do G20.

“A Vale é uma corporation, onde o governo não é controlador. Mesmo assim, somos formadores de políticas e somos reguladores do setor mineral. Nós podemos cobrar mineração sustentável e segura. Podemos não, devemos. Agora, a Petrobras nós podemos muito mais do que isso. Somos controladores e não podemos nos envergonhar disso”, afirmou Silveira.

Ainda de acordo com o ministro de Minas e Energia, houve uma “covardia no passado”, durante o governo de Jair Bolsonaro, quando o ex-ministro Paulo Guedes defendeu que o governo não deveria ter opinião dentro da companhia.

Segundo Silveira, o governo quer que a Petrobras (PETR4) continue sendo uma empresa atrativa para investidores nacionais e internacionais, com governança segura, mas ressaltou que a estatal tem um “dever social”.

“O ex-ministro Paulo Guedes disse que a Petrobras tinha todo o direito de fazer o que quisesse, que o mercado era liberal e que não deveria ter a opinião do governo dentro da Petrobras. Isso é crime. O governo é controlador. Seis dos conselheiros são indicados pelo governo, quem indica os diretores é o governo”, pontuou Alexandre Silveira.

 “Tenho confiança de que ela vai fazer um belo trabalho”, diz Silveira sobre Chambriard

Alexandre Silveira disse estar “confiante” com a nova gestão da Petrobras (PETR4) por Magda Chambriard. Para o ministro, a nova presidente fará “um belo trabalho, com uma gestão profissional, muito proba, mas vai convergir com o interesse nacional “.

“Ela acompanhou por um ano e quatro meses um debate profundo do ministro de Minas e Energia com a Petrobras sobre a agenda nacional. A agenda não é do ministro, é do Brasil. Ela conhece a agenda e vai fazer com esse espírito de manter a empresa sob uma gestão que dê credibilidade para investidores”, afirmou Silveira.

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