Papéis derreteram

Simpar (SIMH3) recua e arrasta Vamos (VAMO3) e Movida (MOVI3)

O Itaú BBA (ITUB4) declarou que os resultados da Simpar (SIMH3) apontaram para uma dívida mais baixa, com controle da alavancagem.

Foto: Divulgação
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As ações da Simpar (SIMH3) e de suas controladas no setor de transporte e logística derreteram na tarde desta quarta-feira (27). A queda foi um reflexo dos resultados da holding no quarto trimestre de 2023.

A Simpar (SIMH3) reportou um prejuízo líquido de R$ 718 milhões nos últimos três meses de 2023, contra os R$ 288,2 milhões registrados um ano antes. Já a receita líquida da organização cresceu 16,1%, seguindo a mesma base comparativa.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1,6 bilhão no período, 10,6% menor do que o computado um ano antes.

Os papéis sob ticker SIMH3 recuaram 6%, para R$ 7,23, por volta das 16h. Consequentemente, a Vamos (VAMO3), que compõe o Ibovespa, recuou 4,17%, sendo negociada a R$ 8,28, enquanto a JSL (JSKG3) caiu 1,8%, cotada a R$ 11,98. Já a Movida (MOVI3) contraiu 6,8%, ficando a R$ 8,21.

Bancos comentam resultado da Simpar (SIMH3)

O BTG Pactual (BPAC11) apontou que a Simpar apresentou números em linha com as expectativas, com o Ebitda afetado pela reclassificação de veículos e ajuste de valor residual da Movida, além de projetos estratégicos e reestruturação de lojas.

A locadora de veículos já havia divulgado balanços com ganhos fracos, mas dados operacionais estáveis e despesas financeiras elevadas.

A controlada Vamos reportou dados positivos em aluguéis, mas fracos no segmento de concessionárias.

O banco pontua que a JSL teve bons resultados, com crescimento orgânico e margens resilientes. Nesse mesmo sentido, os números da Automob foram impulsionados pelo forte crescimento da receita e por empresas adquiridas.

O BTG tem recomendação de compra para a Simpar, com preço-alvo de R$ 17.

O Itaú BBA (ITUB4) declarou, em relatório, que os resultados da Simpar apontam para uma dívida mais baixa para a holding. O banco também sinalizou que o controle da alavancagem continuou nos três meses, ao passo que a dívida líquida reduziu em R$ 883 milhões na comparação trimestral.

“Olhando para o futuro, as várias medidas adotadas ao longo do último ano para aumentar a eficiência da Simpar e de suas empresas devem resultar em uma tendência de lucros positiva para o grupo, sustentando suas expectativas de continuar explorando novos segmentos de negócios”, avaliou o Itaú BBA, de acordo com o “Valor Investe”.