Estados Unidos

S&P rebaixa rating da Azul (AZUL4) para calote após recuperação judicial

Assim como a S&P, a Fitch também rebaixou a nota de crédito da companhia de CCC para D

Foto: Divulgação/Azul
Foto: Divulgação/Azul

A S&P rebaixou o rating da Azul (AZUL4) de CCC para D — a nota mais baixa na escala da agência. Na prática, a classificação representa calote, conforme mostra documento enviado ao mercado nesta quarta-feira (28).

Assim como a S&P, a Fitch também rebaixou a nota de crédito da companhia de CCC para D.

Mais cedo, a Azul anunciou que entrou com pedido de recuperação judicial nos EUA, com dívidas que somam R$ 31 bilhões no primeiro trimestre de 2025 — valor 50,3% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior.

De acordo com a S&P, o rebaixamento foi motivado pelo anúncio da recuperação judicial e pela significativa queima de caixa registrada no primeiro trimestre de 2025.

“Apesar do sólido desempenho operacional, a empresa ainda enfrenta um pesado endividamento, enquanto os pagamentos de arrendamento muito altos, as despesas financeiras e os investimentos continuam pressionando suas finanças”, disseram os analistas da agência, segundo o MoneyTimes.

Na semana passada, a S&P já havia reduzido a nota da companhia para CCC.

A Fitch, por sua vez, destacou que os altos custos com juros e aluguéis — consequência de diversos processos de reestruturação desde a pandemia da Covid-19 —, somados ao cenário de juros elevados no Brasil e volatilidade cambial, levaram a uma recorrente queima de fluxo de caixa por parte da Azul.

S&P reitera notas de crédito da Prio (PRIO3) e mantém perspectiva positiva

S&P Global Ratings reiterou a nota de crédito global “BB-” e a nacional “brAA+” da Prio, mantendo perspectiva positiva após a aquisição de 60% de participação no Campo de Peregrino. As analistas Fabiana Gobbi e Luísa Vilhena afirmaram que a Prio (PRIO3) deve manter alavancagem abaixo de duas vezes mesmo após a operação. Além disso, a empresa seguirá com liquidez confortável, apesar dos desembolsos.

A agência destacou que a produção da Prio deve alcançar 200 mil barris por dia até 2026. Também foi considerada a expectativa de início das operações no Campo de Wahoo, o que deve melhorar a geração de caixa da companhia.

A perspectiva positiva indica que a agência poderá elevar as notas de crédito nos próximos 12 meses, conforme a empresa aumente a produção e reduza a alavancagem, conforme apontado pelo Valor.