A Suzano (SUZB3), líder global na produção de celulose de eucalipto, anunciou que implementará um novo aumento nos preços da celulose a partir de abril, sendo o quarto ajuste consecutivo deste ano. A empresa revelou a novidade nesta quinta-feira.
Na Ásia, o preço da celulose aumentará em US$ 20 por tonelada, enquanto na Europa e na América do Norte o reajuste será de US$ 60 por tonelada em cada uma dessas regiões.
Após o ajuste de abril, o preço da celulose da Suzano na Europa atingirá US$ 1.280 por tonelada.
A informação sobre os aumentos foi primeiramente divulgada à Reuters por uma fonte e posteriormente confirmada pela própria Suzano.
Fitch eleva perspectiva das notas de crédito da Suzano (SUZB3) para positiva
A Fitch Ratings elevou a perspectiva das notas de crédito em moedas estrangeira e local da Suzano (SUZB3), de “BBB-” estável para positiva. A nota nacional “AAA(bra)” foi mantida com perspectiva estável.
A agência afirmou que a nova perspectiva reflete a expectativa de que a Suzano reduzirá sua alavancagem para menos de três vezes até 2026.
Isso se deve à projeção de que a empresa manterá uma geração de caixa robusta, impulsionada por seu forte posicionamento de mercado e pelo início das operações em Ribas do Pardo (MS).
A nota de crédito poderá ser elevada caso a companhia consiga manter a alavancagem abaixo de três vezes no atual ciclo da celulose, reduzir sua dívida para menos de US$ 14 bilhões e ampliar a diversificação de ativos para outros países ou segmentos menos voláteis, conforme apontado pelo Valor.
Empresa paraguaia Paracel busca novo sócio; Suzano estuda ativo
A companhia paraguaia Paracel, controlada pelo grupo Zapag, está à procura de um sócio para seu projeto de celulose, que atualmente conta com mais de 100 mil hectares plantados de eucalipto. A Suzano (SUZB3) e a Bracell — pertencente à RGE (Royal Golden Eagle), de Cingapura — chegaram a avaliar os ativos. As informações foram obtidas com exclusividade pelo Valor por fontes próximas ao assunto.
De acordo com essas fontes, o grupo paraguaio estaria disposto a vender 51% do negócio. A operação está sendo assessorada pelo banco Rabobank, especializado em agronegócio. Quando procurado, o banco não retornou os pedidos de entrevista.
O projeto como um todo é avaliado em US$ 4 bilhões, incluindo a indústria, mas pessoas próximas ao setor consideram a operação de difícil execução.