Alta nos custos limita crescimento do lucro

Taesa (TAEE11) lucra R$ 365 mi no 1TRI25 e receita cresce 34%

A empresa reportou lucro líquido de R$ 365,1 milhões no primeiro trimestre desta ano, leve queda de 2,5%

Foto: Shutterstock
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Apesar do expressivo avanço na receita, a Taesa (Transmissora Aliança de Energia Elétrica) viu seu lucro recuar no primeiro trimestre de 2025, em meio ao aumento significativo de custos operacionais.

A empresa reportou lucro líquido de R$ 365,1 milhões no primeiro trimestre desta ano, leve queda de 2,5% em comparação com o mesmo período de 2024. O recuo acontece apesar do salto de 34,7% na receita líquida, que atingiu R$ 982,9 milhões.

O que impediu um avanço mais expressivo no resultado foi o forte crescimento nos custos com bens e serviços, que mais que dobraram no período — passando de R$ 119,1 milhões para R$ 324,2 milhões, alta de 172,1%. Além disso, as despesas gerais e administrativas somaram R$ 61,4 milhões, representando aumento de 4,7% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior. As outras despesas operacionais também pesaram no balanço, totalizando R$ 4 milhões, alta de 59,3%.

Mesmo com pressão nos custos, a Taesa (TAEE11) segue com uma base sólida de receitas, o que reforça a resiliência do seu modelo de negócios em um cenário desafiador para o setor de infraestrutura energética.

Lucro da Taesa (TAEE11) cresce, mas queda em impostos impacta resultado

A empresa reportou um aumento no resultado operacional do primeiro trimestre, mas sofreu um impacto devido à queda acentuada nas perdas relacionadas a impostos, o que influenciou de forma negativa o desempenho final.

O Ebitda regulatório (resultado antes de juros, impostos, amortização e depreciação) cresceu 6,9% em comparação com o ano passado, alcançando R$ 509,6 milhões.

A margem EBITDA também subiu, indo de 82,8% para 85,2%, um aumento de 2,4 pontos percentuais. Esse crescimento no EBITDA reflete a boa performance operacional da empresa, apesar das pressões externas.

Entretanto, a empresa enfrentou uma redução significativa nas perdas com imposto de renda e contribuição social, que totalizaram R$ 57,9 milhões, uma queda de 79,5% em relação ao primeiro trimestre de 2024, o que gerou uma influência negativa sobre os números finais.

Em termos de retorno aos acionistas, a companhia aprovou o pagamento de R$ 188,2 milhões em juros sobre o capital próprio.

O valor corresponde a R$ 0,1821 por ação e R$ 0,5465 por “unit” (conjunto de papéis com e sem direito a voto). O pagamento será feito no dia 27 de agosto, com base acionária estabelecida para 12 de maio.