
A Taesa (TAEE11) fechou o quarto trimestre de 2024 (4T24) com lucro líquido regulatório de R$ 200,6 milhões, o que representa uma redução de 32,5% em relação ao mesmo período de 2023, refletindo a geração de caixa da empresa.
Por outro lado, o lucro líquido conforme as normas IFRS atingiu R$ 506,8 milhões no 4T24, apresentando um crescimento de 5,5% em comparação com o resultado do quarto trimestre de 2023.
O Ebitda regulatório ficou em R$ 421,6 milhões, marcando uma queda de 11,5%. A margem Ebitda foi de 72,6% no trimestre, registrando uma diminuição de 9 pontos percentuais em relação ao 4T23.
No quarto trimestre de 2024, a receita líquida regulatória foi de R$ 581,0 milhões, registrando uma redução de 0,5% em relação ao mesmo período de 2023.
Essa queda foi principalmente atribuída ao aumento da Parcela Variável e ao ajuste negativo do IGP-M no ciclo RAP 2024-2025 para as concessões de categoria 2.
Revisões contábeis impactam resultados da Taesa (TAEE11)
A Taesa (TAEE11) explicou que seus resultados regulatórios foram impactados por eventos não recorrentes, incluindo a revisão de provisões e a avaliação de estoques, além de uma maior parcela variável devido a dois eventos atípicos ocorridos no ano.
Também pesaram no desempenho o aumento no volume de depreciação e o resultado financeiro negativo, afetado pela deterioração da economia.
Rinaldo Pecchio Jr, diretor presidente da Taesa, destacou que, na linha de provisões, a empresa reverteu valores relacionados ao atraso nos projetos Aimorés e Paraguaçu, após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reconhecer parcialmente o pedido de excludente de responsabilidade.
Em contrapartida, a empresa estornou receitas relacionadas a avisos de cobrança de empreendimentos que solicitaram conexão, mas ainda não entraram em operação, devido a discussões em andamento com o regulador.
Além disso, o executivo ressaltou os avanços na revisão interna de processos, que levaram à realização de baixas de estoques e à unitização de ativos, o que gerou um aumento na depreciação.
“De uma forma geral, foi um trimestre e um ano muito bons, porque nosso custo, quando se exclui todas essas questões extraordinárias, teve crescimento de quase 1%, abaixo do índice da inflação; conseguimos fazer gestão na parte de Opex (despesas operacionais da empresa), que subiu menos de 1%, contra uma inflação que ficou muito acima”, diz Pecchio ao Broadcast.