"Risco para continuidade do negócio”

TC (TRAD3) tem queda de 93,6% na resultado do 2º trimestre

O prejuízo líquido foi de R$ 4,483 milhões, representando uma melhora de 49,8%

Foto: TC/Divulgação
Foto: TC/Divulgação

O TC (TRAD3), antigo Traders Club, registrou uma queda de 93,6% no resultado financeiro líquido no segundo trimestre de R$ 7,637 milhões no ano anterior, para R$ 488 mil.

O caixa da empresa diminuiu em 42,8%, passando de R$ 105,713 milhões no segundo trimestre de 2023 para R$ 60,438 milhões. Comparado ao início do ano, houve uma queima de caixa de R$ 13,8 milhões.

A companhia, no entanto, destaca que ainda tem R$ 13,5 milhões a receber das vendas da DXA Invest e RI Prisma.

O prejuízo líquido foi de R$ 4,483 milhões, representando uma melhora de 49,8% em relação às perdas de R$ 8,9 milhões registradas no ano anterior.

TC enfrenta risco para “continuidade do negócio”

Em uma recente reunião do Conselho Fiscal do TC (TRAD3), anteriormente conhecido como TradersClub, os auditores Regis Eduardo Baptista e André Gonçalves, da Grant Thornton, alertaram que, dependendo da manutenção do atual nível de receitas, pode ser necessário incluir um “parágrafo sobre a continuidade do negócio” nas demonstrações financeiras.

Durante a reunião do Conselho Fiscal, membros expressaram preocupações sobre a falta de conciliação entre o saldo contábil e o relatório financeiro (contas a receber e passivos de contrato), conforme apontado pela auditoria.

Na reunião, ocorrida em 14 de agosto, o presidente do Conselho Fiscal, Stéfano Furlani Malvezi, questionou a empresa sobre a total provisão dos valores a receber e o motivo pelo qual essa provisão não havia sido feita anteriormente.

De acordo com a ata, o Conselho Fiscal teria concordado que a conciliação dos saldos de contas a receber e passivos de contrato deve ser concluída até 30 de setembro de 2024 para ser incluída nas demonstrações contábeis intermediárias do terceiro trimestre deste ano. Caso isso não ocorra, o provisionamento integral do valor deverá ser feito.

Malvezi, sócio da WNT CAPITAL, uma gestora de recursos focada em operações estruturadas e distressed assets, possui carteiras administradas pela Reag Investimentos, que adquiriu a RI Prisma do TC por R$ 6 milhões, em junho. A WNT detém 14,7% do capital do TC.