O analista Joseph Spak, do banco suíco UBS, emitiu um relatório cortando a recomendação da Tesla (TSLA34) de ‘neutra’ para ‘venda’, embora as ações da empresa de Elon Musk tenham valorizado 36% nos últimos 30 dias.
Segundo Spak, os investidores se “anteciparam demais” em relação ao investimento em tecnologia e inteligência artificial.
“[O investimento] mostra avanços, mas isso sai caro e a evolução pode diminuir o ritmo, alongando o espaço de tempo no qual os retornos virão”, disse o analista, que diminuiu o preço-alvo do papel de US$ 197 para US$ 147.
Se o entusiasmo dos investidores com a tecnologia diminuir, Spak analisa que isso irá ter impacto negativo na avaliação das ações da Tesla.
As ações da Tesla encerraram o último pregão da semana em alta de 3% na Nasdaq, em Nova York, se recuperando parcialmente do tombo de 8,4% na quinta-feira (11), após a Bloomberg apurar que a companhia adiou a apresentação do seu taxi autônomo de agosto para outubro.
Tesla (TSLA34): ações disparam 10% após montadora superar expectativas
A Tesla (TSLA34) viu suas ações fecharem o pregão do dia 2 de julho com alta de 10,13% após a segunda queda consecutiva nas entregas trimestrais não ser tão acentuada quanto os analistas estimavam.
A Tesla (TSLA34) divulgou na terça-feira (2) que entregou 443.956 veículos no segundo trimestre de 2024, melhor que a projeção de Wall Street de 439.302.
Mesmo com as vendas caindo 4,8% em relação ao ano anterior, a empresa melhorou em termos sequenciais em relação aos 386.810 veículos entregues nos primeiros três meses de 2024.
A companhia produziu 410.831 veículos durante os três meses, 14% menos que o reportado no mesmo período em 2023.
A Tesla não apresentou uma justificativa para a contração nas vendas e na produção, mas oferecerá mais detalhes quando apresentar o resultado em 23 de julho.
“Estamos encorajados pelas fortes entregas e vemos isso como um ponto positivo para o sentimento geral em relação aos veículos elétricos”, disse, de acordo com o “InfoMoney”, o analista sênior de pesquisa da Robert W. Baird, Ben Kallo.
A empresa teve um ano conturbado. O CEO, Elon Musk, anunciou grandes reduções de pessoal em abril e pressionou a companhia a reduzir a força de trabalho em até 20%.