As vendas de veículos elétricos Tesla (TSLA34) caíram 49% em abril na Europa, segundo dados da ACEA (Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis) nesta terça-feira (27). A montadora estadunidense teve um montante de vendas de apenas 7261 unidades no mês de abril.
A queda é considerada drástica por analistas do setor já que o resultado contrasta com um aumento de 32,1% nas vendas gerais no velho continente no mesmo período. Os últimos meses foram marcados por uma onda de protestos dos habitantes da Europa contra o CEO (presidente executivo) da Tesla, Elon Musk.
Manifestantes criticam o envolvimento do bilionário com o governo do presidente Donald Trump. Em março, concessionárias da empresa foram alvos de protestos e depredações em vários países europeus.
A concorrência em ascensão também é indicada como causa na piora das vendas, na semana passada, a BYD superou as vendas da Tesla em carros elétricos na Europa.
Mudanças no perfil do consumidor
O perfil do consumidor também está mudando. Segundo apuração do portal Exame, a ACEA indicou que 35% dos consumidores da região estão preferindo veículos híbridos a 100% elétricos, opção oferecida pela Tesla. O diagnóstico revela uma limitação da presença da companhia de Musk no nicho em crescimento.
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Além dos desafios no mercado automotivo, Elon Musk enfrenta pressões por seu papel como líder do Departamento de Eficiência do Governo (DOGE), nos Estados Unidos. Investidores vêm demonstrando preocupação com sua dedicação ao cargo público em detrimento de suas empresas privadas.
Musk respondeu afirmando que pretende reservar apenas “um ou dois dias por semana” ao trabalho no governo, garantindo que continuará focado no comando da Tesla.
Morgan Stanley: avaliação da Tesla deve piorar antes de melhorar
O banco Morgan Stanley emitiu um alerta nesta segunda-feira (19) sobre a valorização das ações da Tesla, afirmando que o atual patamar de mercado da empresa é difícil de justificar e pode se tornar ainda mais desafiador no curto prazo.
Em relatório enviado a clientes, analistas da instituição destacaram que, mesmo após quase 15 anos como empresa de capital aberto, investidores continuam enfrentando dificuldades para sustentar a avaliação da montadora liderada por Elon Musk.
De acordo com o banco, muitos investidores atribuem ao negócio principal da Tesla, a fabricação de veículos elétricos, um valor entre US$ 50 e US$ 100 por ação, bem abaixo da cotação atual.
