Tribunal Geral europeu

Tesla (TSLA34) e BMW processam UE por tarifas sobre carros elétricos

A BMW afirmou, em comunicado, que as taxas da UE sobre veículos elétricos "não fortalecem a competitividade dos fabricantes europeus"

Tesla (TSLA34)
Tesla (TSLA34) / Foto: Divulgação

A Tesla (TSLA34), do bilionário Elon Musk, e a BMW estão processando o braço executivo da UE (União Europeia), o que amplia o leque de montadoras descontentes com as tarifas que chegam a 45% sobre as importações de veículos elétricos para o bloco.

O site do Tribunal Geral da UE aponta que os dois fabricantes de veículos elétricos apresentaram desafios não especificados contra a Comissão Europeia na semana passada.

A ação judicial de Musk elevou as tensões com a UE. Embora o bilionário tenha incomodado políticos europeus por seu apoio a partidos de extrema direita, como o AfD, da Alemanha, ele também esteve na mira da UE devido à falta de moderação de conteúdo em sua plataforma X (antigo Twitter).

A BMW afirmou, em comunicado, que as taxas da UE sobre veículos elétricos “não fortalecem a competitividade dos fabricantes europeus”, “prejudicam o modelo de negócios das empresas globalmente ativas”, “limitam o fornecimento de carros elétricos aos clientes europeus” e “podem, portanto, até mesmo desacelerar a descarbonização no setor de transportes”. As informações foram obtidas pela Bloomberg.

A companhia alemã também declarou que ainda considera “preferível que um acordo político seja buscado por meio de negociações”.

Tesla: vendas caem pela primeira vez em dez anos

As vendas da Tesla fecharam o ano em queda pela primeira vez desde 2015, com 1,79 milhão de veículos vendidos em 2024, ante 1,8 milhão em 2023. A queda anual está dentro de expectativas de analistas e ocorreu mesmo com o impulso da comercialização recorde no quarto trimestre do ano.

No trimestre de outubro a dezembro de 2024, a Tesla entregou 495.570 veículos, número abaixo das expectativas do mercado, de 512.277. A montadora tem promovido acordos de financiamento, cobrança e arrendamentos para atrair clientes e atingir a meta de crescimento anual “leve”, segundo informações da “Exame”.

No pré-mercado desta quinta-feira (2), as ações estavam caindo 3,4%.