A Tesla (TSLA34) registrou uma alta inesperada na receita do segundo trimestre de 2024, com mais vendas de veículos elétricos do que o esperado por analistas, baseadas nas reduções de preços e incentivos. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (23).
Mesmo com o resultado superior ao esperado, as ações da Tesla (TSLA34) caíram cerca de 4% nas negociações do pós-mercado.
A fabricante de veículos do bilionário Elon Musk tem optado por oferecer aos clientes opções de financiamento mais acessíveis em vez de grandes cortes de preços, o que, de acordo com analistas, diluiria o impacto negativo nas margens ao longo dos próximos trimestres.
As vendas do segundo trimestre também vieram acima das expectativas do mercado, que foram auxiliadas por opções de empréstimos com taxas de juros baixas, mesmo que tenham recuado pelo segundo trimestre consecutivo.
A Tesla também tem se esforçado para acelerar o desenvolvimento de suas tecnologias autônomas e de táxi robô. A empresa fez investimentos de bilhões em semicondutores para treinar modelos de IA (inteligência artificial), mas tem adiado o lançamento oficial do seu táxi robô, de acordo com informações do “InfoMoney”.
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A Tesla reportou uma receita de US$ 25,50 bilhões nos três meses encerrados em junho, ante os US$ 24,93 bilhões registrados um ano antes. Analistas aguardavam, em média, uma receita de US$ 24,77 bilhões, conforme dados da LSEG.
O lucro líquido da empresa ficou em US$ 1,48 bilhões, de acordo com o “InfoMoney”.
Tesla (TSLA34): banco suíço corta recomendação de neutra para venda
O analista Joseph Spak, do banco suíco UBS, emitiu um relatório cortando a recomendação da Tesla (TSLA34) de ‘neutra’ para ‘venda’, embora as ações da empresa de Elon Musk tenham valorizado 36% nos últimos 30 dias.
Segundo Spak, os investidores se “anteciparam demais” em relação ao investimento em tecnologia e inteligência artificial.
“[O investimento] mostra avanços, mas isso sai caro e a evolução pode diminuir o ritmo, alongando o espaço de tempo no qual os retornos virão”, disse o analista, que diminuiu o preço-alvo do papel de US$ 197 para US$ 147.
