
O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira (27) que Washington e Pequim estão próximos de fechar um novo acordo comercial. A fala ocorre às vésperas de seu encontro com o líder chinês, Xi Jinping, previsto para quinta-feira (30), na Coreia do Sul.
Em coletiva de imprensa a bordo do Air Force One, a caminho do Japão, Trump afirmou que “as partes vão chegar a um acordo” e indicou que um entendimento sobre o futuro do TikTok no país pode ser assinado ainda nesta semana.
A declaração foi feita em meio a uma série de compromissos do presidente pela Ásia. De acordo com o InfoMoney, desde domingo (26), Donald Trump firmou novos acordos comerciais e de mineração com Malásia e Camboja, além de marcos de cooperação com Tailândia e Vietnã.
Os países, integrantes da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático), se comprometeram a reduzir barreiras comerciais, ampliar importações de produtos agrícolas e energéticos dos EUA e fortalecer a cooperação em controles de exportação e sanções.
Setor industrial vê oportunidade em encontro de Lula e Trump
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) avaliou como positivo o encontro realizado neste domingo (26), na Malásia, entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump.
Para a entidade, que se uniu a empresários americanos na tentativa de derrubar o tarifaço da Casa Branca sobre produtos brasileiros, o diálogo entre os líderes representou um avanço concreto nas negociações bilaterais, reforçando o compromisso de ambos os governos em buscar soluções equilibradas para o comércio entre Brasil e Estados Unidos.
“O anúncio do início das negociações sobre o tarifaço, com disposição real das duas partes para alcançar um acordo, é um passo relevante. Acreditamos que teremos uma solução que vai devolver previsibilidade e competitividade às exportações brasileiras, fortalecendo a indústria e o emprego no país”, afirmou o presidente da CNI, Ricardo Alban.
Alban destacou que o setor empresarial brasileiro continuará disponível para contribuir tecnicamente na retomada da relação comercial sem tarifas abusivas. Segundo ele, a CNI atua de forma técnica e propositiva, defendendo o diálogo e apresentando propostas concretas em áreas de interesse comum, como energia renovável, biocombustíveis, minerais críticos e tecnologia.