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Após anos enfrentando problemas operacionais e financeiros, a Natura (NTCO3) promoveu uma reestruturação profunda e começou a colocar a casa em ordem. Diante dessa transformação e de uma estratégia menos global e mais focada na América Latina, o UBS BB decidiu apostar na nova tese da empresa.
Em relatório publicado na quarta-feira (26), os analistas Vinicius Strano, Isabella Lamas e Lucca Biasi anunciaram a elevação da recomendação das ações da empresa de cosméticos de neutro para compra. Eles também aumentaram o preço-alvo dos papéis de R$ 15,50 para R$ 17,00, vendo um potencial de valorização (upside) de 28%.
“Nós acreditamos que iniciativas internas e ventos favoráveis do setor [de cosméticos] permitirão uma melhora da margem”, diz trecho do relatório, de acordo com o NeoFeed. “Vemos os fundamentos da Natura e as perspectivas de crescimento do setor de beleza subestimados por conta do overhang criado pela Avon International”, acrescentaram os analistas.
Entre as iniciativas adotadas pela empresa, o relatório destaca o acordo preliminar alcançado com os credores da Avon International em novembro, o que abre caminho para a venda da operação norte-americana. A aquisição da Avon, feita em 2019, fazia parte do plano da Natura de construir uma plataforma global de cosméticos.
No entanto, as dificuldades na integração da Avon International e de outras marcas adquiridas acabaram comprometendo os retornos da companhia, forçando uma revisão da estratégia.
Os especialistas do UBS BB apontam que a venda da Avon International, mantendo a marca e os ativos da Avon na América Latina, permitirá à Natura focar exclusivamente na região e retomar a distribuição de dividendos.
Itaú (ITUB4): UBS BB eleva recomendação para compra
Analistas do UBS BB elevaram a recomendação das ações do Itaú Unibanco (ITUB4), considerando que os papéis estão sendo negociados com um múltiplo atrativo para um banco brasileiro premium, apesar do maior custo de capital próprio.
A avaliação do banco levou em conta também uma combinação entre a lucratividade razoável (ROAE de 23-24%) com um dividend yield de dois dígitos.
O cálculo assumiu um pagamento de dividendos de R$ 32 bilhões relacionados aos lucros estimados para 2025, quando considerado um índice de capital (CET1) de 12,6% no final do ano.