Planta de Cubatão

Unipar (UNIP6) capta R$ 673 mi com BNDES para projeto sustentável

O investimento aumentará o EBTIDA da operação e captação vai melhorar o prazo e o custo médio da dívida da companhia

Unipar
Foto: Divulgação

A Unipar (UNIP6) levantou R$ 673 mi com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) para concluir o processo de modernização de sua planta de Cubatão, projeto que estima reduzir o consumo de energia em 18%.

O CFO Alexandre Jerussalmy disse ao Brazil Journal que o projeto da Unipar vai gerar uma redução de 70 mil toneladas de CO2 por ano — que virá principalmente da redução no consumo de energia.

“Temos três tecnologias para fazer a eletrólise para produzir cloro e soda: o mercúrio, o diafragma e a membrana […] o projeto de modernização é para unificar tudo numa única tecnologia, a membrana, que é a mais moderna e ‘ecoeficiente’ das três”, destacou Jerussalmy ao Brazil Journal.

O investimento também aumentará o EBTIDA da operação, que hoje responde por metade da capacidade de produção de cloro e soda da companhia. 

Além disso, a captação vai melhorar o prazo e o custo médio da dívida da companhia. O prazo médio, que hoje é de 4,4 anos, vai subir para 6,5 anos, enquanto o custo médio vai cair de CDI + 1,5% para CDI + 0,65%.

A modernização de Cubatão começou no início deste ano, e está prevista para ser concluída no final de 2025. No total, o projeto vai demandar US$ 200 milhões de investimento (R$ 1,16 bilhão na cotação anual) e será financiado 80% com dívida e 20% com equity. Da parte da dívida, a Unipar já garantiu 100% depois da captação com o BNDES. 

Unipar (UNIP6) conclui emissão de R$ 750 mi em debêntures

A Unipar concluiu, na sexta-feira (6), uma nova oferta de títulos de dívida no valor de R$ 750 milhões. O negócio vem pouco mais de um ano após a maior emissão em debêntures da sua história.

A empresa quer melhorar o perfil de endividamento para garantir uma estrutura capaz de sustentar seus planos de expansão, estes que incluem oportunidades de fusões e aquisições no Brasil e no exterior.

“Devemos usar esses recursos, majoritariamente, para fazer o reperfilamento da dívida [“liability management”] resgatando dívidas com prazo mais curto e custo mais alto”, afirma Alexandre Jerussalmy, diretor financeiro e de relação com investidores da Unipar, de acordo com o “Valor”.