Mudança no controle

Usiminas (USIM5): decisão favorável à CSN não afeta companhia

A recente oscilação anormal de suas ações pode estar ligada às notícias de que o grupo Ternium foi condenado pelo STJ

Usiminas/Divulgação
Usiminas/Divulgação

A Usiminas (USIM5) informou em comunicado que não está envolvida no processo judicial entre a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e o grupo Ternium, e considera que a decisão favorável à CSN não tem impacto sobre a empresa ou seus demais acionistas que não sejam partes na ação.

Conforme a Usiminas, a recente oscilação anormal de suas ações pode estar ligada às notícias de que o grupo Ternium foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a indenizar a CSN.

Esta condenação se refere a um processo relacionado à aquisição de participação acionária na Usiminas em 2012, envolvendo acionistas do bloco de controle.

A Usiminas respondeu a um ofício da B3, que questionou a movimentação dos papéis entre os dias 5 e 18 de junho. Ontem, as ações subiram 5,11% na B3, sendo cotadas a R$ 7, com um volume de negociação significativamente superior ao habitual.

O STJ acolheu ontem um recurso da CSN, liderada por Benjamin Steinbruch, ao determinar que houve mudança no controle da Usiminas com a venda das ações da Votorantim e da Camargo Corrêa (atualmente Mover) para o grupo Ternium, o que deveria ter ativado o direito de “tag along”, um mecanismo criado para proteger acionistas minoritários.

Usiminas (USIM5): Genial vê “falácia do Ebitda” no 1TRI24

A equipe de analistas da Genial Investimentos, em relatório, chamou atenção ao que consideram a “falácia do Ebitda” no resultado trimestral da Usiminas (USIM5)

Segundo a Genial, mesmo diante de um aumento de 28,4% t/t no Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – pós-reforma da AF3, a Usiminas enfrentou desafios, chegando a perda de R$ 31 milhões no fluxo de geração de caixa no período.

Esse cenário se deu excluindo os efeitos não recorrentes dos três meses anteriores. Sendo assim, há um indicativo de mudança, no sentido de regularizar os retornos comerciais ao invés de colher benefícios de liberação de capital de giro, conforme o relatório do research.  

“O grande problema aí é que nos parece que o consenso fez conta de melhora de EBITDA, e esqueceu que comparar EBITDA com geração de fluxo de caixa é uma verdadeira falácia”, afirmou a Genial, de acordo com o “Suno Notícias”.

Para os especialistas, nos últimos trimestres a Usiminas teve alterações significativas na dinâmica financeira, por conta da gestão estratégica do capital de giro, somado a ajustes operacionais.