Compra para ADR

Vale (VALE3): BBA vê desconto em relação a pares como excessivo 

Mesmo com os ruídos sobre o processo de sucessão do CEO da Vale, o Itaú BBA não acredita ser justificável o desconto de 29% dos ADRs.

Foto: Divulgação
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Com queda acumulada de aproximadamente 30% no acumulado do ano, a ADR (recibo de ações negociadas na Bolsa dos EUA) da Vale (VALE3) tem apresentado um desempenho inferior ao de seus pares na Austrália entre cinco a 17 p.p. (pontos percentuais) até o momento, neste ano.

Mesmo com os ruídos relacionados ao processo de sucessão do CEO da Vale (VALE3), renegociação das responsabilidades da Samarco, além da renovação das concessões ferroviárias, o Itaú BBA (ITUB4) não acredita ser justificável o desconto de cerca de 29% dos ADRs da empresa em comparação com seus pares australianos.

A recomendação do BBA para o ADR da mineradora é outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra), com preço-alvo de US$ 14, ou potencial valorização de 25%.

Além desses pontos, a contração dos papéis também se deve ao recuo no preço do minério de ferro este ano.

Com isso, segundo o “InfoMoney”, analistas aguardam uma redução em alguns desses obstáculos no curto prazo. Assim, eles reiteram que o desconto atual de 29% da Vale em comparação com seus pares é discrepante.

Além disso, em relação ao volume, a produção de minério de ferro da mineradora avançou 8% na base anual no segundo trimestre de 2024, ao passo que a produção da Rio Tinto cresceu 2% e a da BHP 7%.

Contudo, todas as companhias sofrerão um impacto por conta dos preços do minério de ferro sequencialmente mais baixos no período.

China mais fraca deve prejudicar ganhos da Vale (VALE3) e pares

A frustração com o desempenho da economia da China não ficará restrita ao país asiático e os efeitos já podem ser sentidos na Bolsa brasileira. Isto porque, o cenário chinês lança pressão também sobre as receitas e rendimentos das mineradoras, especialmente da Vale (VALE3).

A China teve o pior ritmo de crescimento econômico dentro do período de 5 trimestres. O PIB (Produto Interno Bruto) do país cresceu 4,7% no 2º trimestre de 2024. Esse resultado ficou aquém dos 5,1% projetados por economistas.

Os dados do Gabinete Nacional de Estatísticas mostraram um varejo mais fraco, uma crise prolongada no setor imobiliário e insegurança no mercado de trabalho. 

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