Na última sexta-feira (13), a Vale (VALE3) informou ao mercado que foram detectadas “trincas superficiais” na barragem Forquilha 3, localizada na mina de Fábrica, em Ouro Preto (MG).
A barragem está atualmente em estado de emergência máxima e é monitorada constantemente.
“A Companhia mantém os órgãos públicos competentes informados e executa um plano de ação para investigação e correções, conforme necessário”, disse o comunicado.
De acordo com a empresa, os danos foram identificados durante uma inspeção de rotina, e inspeções adicionais estão sendo realizadas para avaliar a situação mais detalhadamente.
A mineradora garantiu que as condições de estabilidade da estrutura permanecem inalteradas.
Anomalia foi detectada em abril, Vale assegurou normalidade
Em abril deste ano, foi detectada uma anomalia em um dos 131 dispositivos de drenagem da barragem Forquilha III.
Na ocasião, a empresa assegurou que a estabilidade da estrutura não havia sido comprometida e que o monitoramento integral, realizado diariamente, estava em vigor.
Desde 2019, toda a Zona de Autossalvamento da barragem, que inclui as áreas que seriam diretamente afetadas, está desocupada.
Em resposta à situação de risco, a Vale, responsável pela barragem, implementou várias medidas de segurança para evitar um possível rompimento.
As obras para a descaracterização da barragem estão previstas para ser concluídas até 2035. Esse processo inclui a remoção dos rejeitos de mineração e a revegetação da área afetada.
Caso ocorra um rompimento, as Bacias dos Rios das Velhas e Paraopeba poderiam ser impactadas.
Vale (VALE3) diz que segue em negociação sobre ferrovias
A Vale (VALE3) informou nesta quinta-feira que continua em negociações com o governo federal sobre as concessões ferroviárias sob sua gestão no Brasil, além de discutir seus planos de investimento, conforme comunicado divulgado ao mercado.
A empresa declarou que está em diálogo com o Ministério dos Transportes para discutir as “condições gerais para otimizar os planos de investimentos nos contratos de concessão da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM)”, conforme comunicado ao mercado.
A mineradora está em negociação para a renovação antecipada de suas concessões, que foi acordada durante o governo de Jair Bolsonaro, mas cujos termos estão sendo contestados pela União.