Após críticas de Lula

Vale (VALE3) diz estar "engajada" em reparação por tragédia em Mariana

O posicionamento aconteceu depois de o presidente Lula ter feito críticas à companhia sobre os rompimentos em Mariana e Brumadinho

Rompimento de barragem em Brumadinho
Rompimento de barragem em Brumadinho / Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

A Vale (VALE3) afirmou, através de nota nesta sexta-feira (28), que está “engajada” no processo de mediação judicial para estabelecer indenizações pelo rompimento da barragem da Samarco, em Marina.

O posicionamento da empresa aconteceu depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter feito críticas à companhia.

“Eu quero visitar o Vale do Aço. Eu quero ver o estrago que a Vale fez na cidade de Brumadinho, em Mariana, o estrago que fez no rio, se vai recuperar […] A Vale está muito quietinha, e ela sabe que tem que pagar”, disse Lula.

Na nota, a Vale (VALE3) se refere apenas à Mariana, sem citar Brumadinho ou as falas do presidente da república.

“A Vale, como uma das acionistas da Samarco, segue engajada no processo de mediação conduzido pelo Tribunal Regional Federal da 6a Região (TRF6) e busca, junto às autoridades envolvidas, estabelecer um acordo que garanta a reparação justa e integral, tendo como prioridades o meio ambiente e as pessoas atingidas, representadas nas negociações por diversas instituições de Justiça como as defensorias e os ministérios públicos. A Vale reafirma seu compromisso com as ações de reparação e compensação relacionadas ao rompimento da barragem de Fundão, da Samarco”, disse a empresa em nota.

Vale (VALE3): rompimento de barragens em Mariana e Brumadinho

A barragem de Fundão, em Mariana(MG) rompeu em novembro de 2015, causando o pior desastre ambiental da história mineira e um dos piores do mundo. O empreendimento pertencia à Samarco, uma joint venture da Vale com a BHP.

A tragédia deixou 19 pessoas mortas, devastou o Rio Doce e atingiu cidades mineiras e capixabas.

O processo criminal do caso tornou rés 22 pessoas, além das mineradoras Samarco, Vale, BHP Billiton e VogBR Recursos Hídricos.

Três anos depois, em janeiro de 2019, outra barragem se rompeu, a de Brumadinho, da Vale. A tragédia deixou 270 pessoas mortas e despejou milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração na bacia do Rio Paraopeba.

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