Acionista da Vale (VALE3) estão avaliando processar o ex-conselheiro José Luciano Duarte Penido, sob alegação de que, ao renunciar, o seu posicionamente foi prejudicial à companhia.
Em carta de renúncia enviada ao presidente do conselho, Penido denunciou que o processo de sucessão do presidente-executivo na empresa foi conduzido de maneira manipulada e com influência política.
“Apesar de respeitar decisões colegiadas, em minha opinião o atual processo sucessório do CEO da Vale vem sendo conduzido de forma manipulada, não atende ao melhor interesse da empresa, e sofre evidentemente e nefasta influência política”, disse o ex-conselheiro.
Em comunicado ao mercado na última sexta-feira (19), Penido voltou atrás e afirmou que o processo de definição do presidente da companhia vem sendo conduzido pelo conselho de administração em conformidade com a lei, o estatuto social, o regime interno e as políticas corporativas da empresa.
Ainda segundo o ex-conselheiro, a intenção de sua carta de renúncia era “expor as razões pessoais” que motivaram a sua saída da Vale (VALE3). A empresa informou que as declarações do ex-conselheiro estão sendo examinadas no âmbito da apuração conduzida pelo chief compliance officer da empresa.
Vale (VALE3) está apurando acusação de influência política
A Vale (VALE3) informou que está apurando a acusão de influência política no processo de sucessão do diretor presidente da empresa feita pelo ex-conselheiro da empresa, José Luciano Penido.
Através de uma carta de renúncia divulgada no dia 11 de março, Penido denunciou que o processo de sucessão de Eduardo Bartolomeo na empresa foi conduzido de maneira manipulada e com influência política.
A decisão do conselho de administração da Vale (VALE3), tomada por 11 votos a favor e 2 contra em uma reunião na sexta-feira, foi manter Bartolomeo no cargo de CEO até o final de dezembro deste ano. Na ocasião, a Vale disse que o conselho atuou em conformidade com o estatuto.
A apuração das afirmações do ex-conselheiro é conduzida pelo diretor de compliance da Vale, e sua existência é de conhecimento do conselho de administração, diz a empresa.