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Vale (VALE3): minério de ferro será "fator negativo" no 1TRI24

Apesar de não haver muita diferença na média de preço entre os trimestres, a discrepâncias nas direções preocupam

Vale
Vale (VALE3)/ Foto: Divulgação

A depreciação do minério de ferro ao longo no acumulado do ano pode ser um fator negativo no resultado do primeiro trimestre de 2024 da Vale (VALE3), indicam analistas da Genial Investimentos.

A comparação da média de preço da referência 62% Fe desse trimestre não é muito diferente do trimestre passado, com um leve recuo para US$124/t (apenas -3,4% t/t).

Segundo a Genial, no entanto, a diferença, está na tendência observada entre os trimestres – enquanto o preço do minério de ferro acelerou forte entre o início e o final do quarto trimestre de 2023 (~US$120-US$140/t), já no primeiro trimestre de 2024 foi o contrário, o preço caiu de maneira voraz (~US$140-103/t).

Sobre vendas, a Genial lembra que, no primeiro trimestre de 2023, a Vale (VALE3) sofreu com uma grande dificuldade para embarcar a carga de minério de ferro vinda do sistema norte, uma vez que havia danificações causadas pelas fortes chuvas na estrutura do Terminal Ponta da Madeira (MA).

Para os três primeiros meses deste ano, os analistas apostam em uma superação fácil, “visto que esse trimestre parece ter passado ileso de grandes disrupções”.

China alimenta montanha-russa nos preços do minério de ferro

Os valores do minério de ferro têm tido um comportamento instável nas últimas semanas, assemelhando-se ao movimento de uma montanha-russa.

As flutuações estão diretamente ligadas às incertezas em torno da economia chinesa – o maior consumidor desse recurso – e às notícias sobre a crise no mercado imobiliário local.

No início deste mês, os preços atingiram o ponto mais baixo em quase 11 meses, chegando a US$ 98,30 por tonelada no mercado à vista. No entanto, na última sexta-feira (12), já haviam se recuperado para US$ 112 por tonelada, de acordo com o índice Platts da S&P Global Commodity Insights, registrando um aumento de 9% ao longo de abril.

“Estamos acompanhando a evolução do setor de incorporação imobiliária na China, que segue sem dar tantos sinais positivos. Mas, mais recentemente, o setor de manufatura deu mostras de recuperação, com alguma melhora do PMI [índice de gerente de compras] na última leitura”, diz o analista Daniel Sasson, do Itaú BBA.

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