A Vale (VALE3) anunciou nesta quarta-feira (12) que, junto com as mineradoras BHP e Samarco, propôs um acordo de reparação de R$ 140 bilhões pelo incidente da barragem de Mariana (MG) em 2015.
A proposta, submetida ao Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6), abrange 37 bilhões de reais em investimentos já feitos em reparação e compensação, um pagamento em dinheiro de 82 bilhões de reais ao governo federal, aos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, bem como aos municípios, ao longo de 20 anos, e 21 bilhões de reais em obrigações futuras.
“Os valores da nova proposta são para 100%, o que inclui uma contribuição de 50% da BHP Brasil e da Vale como devedores secundários, caso a Samarco não possa financiar como devedor primário”, afirmou a companhia em fato relevante ao mercado.
A mineradora reafirmou sua em se comprometer com ações de reparação e compensação relacionadas ao rompimento da barragem de Fundão da Samarco, da qual é acionista.
“A nova proposta é um esforço para chegar a uma resolução mutuamente benéfica para todas as partes, especialmente para as pessoas, comunidades e meio ambiente impactados, ao mesmo tempo que cria definição e segurança jurídica para as companhias”, disse.
Vale (VALE3): proposta de acordo envolvendo desastre é rejeitada
A Vale (VALE3) divulgou em comunicado ao mercado que a União Federal e o Governo do estado do Espírito Santo recusaram uma proposta de acordo relacionada ao desastre ambiental de Mariana (MG), que envolveu o rompimento da barragem de Fundão, operada pela Samarco.
A União e o Espírito Santo teriam informado ao desembargador encarregado da mediação do acordo, estabelecido no Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6), sua decisão de não aceitar os termos da proposta de acordo apresentada pela Samarco, Vale e BHP.
A Vale reitera que as tratativas sobre o tema continuam e são conduzidas exclusivamente no âmbito da mediação”, destacou.