Em relatório, o UBS elevou suas recomendações para as ações da Vale (VALE3) de neutro para compra. Os analistas acreditam que a relação risco-retorno dos papéis é positiva.
Além disso, o banco também elevou o preço-alvo das ações da Vale (VALE3) de US$ 13 para US$ 15, considerando as ADRs listadas em Nova York.
Contudo, os analistas do UBS chamaram atenção para o fato de que a companhia está com desempenho inferior aos seus pares, recuando 28% desde o início de 2024.
“Embora continuemos preocupados com os fundamentos do minério de ferro a médio prazo e vejamos desvantagens no preço à vista, acreditamos que o risco-retorno para a Vale melhorou com forte desempenho operacional em abril e algumas das principais preocupações ESG definidas”, disse a casa, de acordo com o “Suno”.
“Estimamos que a Vale gere um rendimento de fluxo de caixa livre de aproximadamente 10% a um preço do minério de ferro de US$ 100 por tonelada”, completa.
Com isso, a expectativa é que a mineradora continue “disciplinada com seu capital e devolva o excesso de caixa aos acionistas”.
‘Core business’ anima tese sobre a Vale (VALE3)
No mesmo relatório, o UBS apontou que o preço do minério de ferro deve moderar entre um e dois anos, o que deve ter um impacto positivo para a Vale (VALE3), que “limpou” seu portfólio nos últimos 5 anos e agora está focada em minério de alta qualidade.
“Esperamos que os preços do minério de ferro se mantenham em cerca de US$ 110 por tonelada nos próximos 12 meses e depois voltem ao suporte de custos (US$ 80-100/t) conforme os suprimentos aumentem”, destacou a casa.
“A Vale, entretanto, se beneficiará da melhoria de volumes e prêmios ao longo de 1 a 2 anos, à medida que seus três principais projetos de crescimento avancem. Isso compensará em grande parte o impacto de preços mais baixos”, completou.