Commodities

Vale (VALE3) vai na contramão da redução de metas ESG por vantagem competitiva

“A Vale possui uma vantagem estratégica que pode ajudá-la a manter seu compromisso com as metas ESG”, disse especialista

Vale/ Foto: Colagem BP Money
Vale/ Foto: Colagem BP Money

A Vale (VALE3) está fazendo um amplo investimento em suas iniciativas ESG (Ambiental, Social e Governança), indo na contramão de outras companhias que adotaram a política e agora optaram por reduzir as metas.

Recentemente, José Victor Sousa, gerente-geral de reporte financeiro e controles internos da Vale (VALE3), declarou que o desastre em Brumadinho (MG) ligou o alerta da administração da mineradora em relação à responsabilidade da empresa no que diz respeito a questões socioambientais e de governança.

“A Vale possui uma vantagem estratégica que pode ajudá-la a manter seu compromisso com as metas ESG”, disse ao BP Money o especialista da Ouro Preto Investimentos, Sidney Lima.

Segundo o especialista, a companhia já avançou significativamente em iniciativas ambientais e sociais, como a redução de suas emissões de carbono e a recuperação de áreas impactadas pelas operações de mineração.

“Além disso, seu compromisso com a transição para uma economia de baixo carbono, especialmente com o foco em metais como níquel e cobre, que são essenciais para tecnologias de energia renovável, coloca a Vale em uma posição diferenciada em comparação com outras mineradoras”, acrescentou Sidney.

Nesse sentido, é possível afirmar que a Vale deve conseguir manter suas metas ESG sem grandes revisões, diferentemente de outras companhias que podem estar mais vulneráveis às pressões de curto prazo.

Especialistas alertam para desafios que a Vale (VALE3) pode encontrar no caminho

Um dos pontos muito observados são as oscilações do minério de ferro, que podem acabar comprometendo a geração de caixa da mineradora, além de elevar sua necessidade de endividamento para honrar compromissos recorrentes e de crescimento.

“O comportamento do minério de ferro é a principal variável que pode impactar seus projetos”, comentou o especialista da Hike Capital, Angelo Belitardo Neto.

“No entanto, mesmo em um cenário de baixa na cotação da matéria-prima, a companhia pode manter seu balanço em equilíbrio, sem grandes descasamentos de caixa e nem uma elevada necessidade de se alavancar”, salientou Neto.

O mercado global de commodities está passando por uma fase de maior escrutínio por parte de reguladores, ONGs e investidores em relação às práticas de extração e ao impacto ambiental e social.

“A Vale precisa continuar melhorando suas práticas de governança, especialmente após eventos como o desastre de Brumadinho, que ainda afeta sua reputação”, acrescentou Lima.

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