Relatório do Santander

Varejistas com maior alavancagem devem ser pressionadas por juros

Segundo relatório do banco, as varejistas que devem sofrer com os juros são as Casas Bahia (BHIA3), Pague Menos (PGMN3) e Magazine Luiza (MGLU3)

Foto: Freepik
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Com a aproximação da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) e as expectativas para a manutenção da Selic em 10,50% ao ano, o Santander (SANB11) avalia que as varejistas com maior alavancagem devem enfrentar uma pressão por conta das despesas financeiras.

Segundo relatório do banco, as varejistas que devem sofrer com os juros são as Casas Bahia (BHIA3), Pague Menos (PGMN3) e Magazine Luiza (MGLU3) em 2024 e 2025. 

Contudo, os analistas também apontam que entre as companhias que poderiam ser beneficiadas com a manutenção da Selic em 10,5% estão as Lojas Renner (LREN3), Vivara (VIVA3), Vulcabras (VULC3) e Natura (NTCO3), por conta de suas posições de caixa líquido. 

Além disso, na perspectiva da desvalorização do real nos últimos dias, o Santander apontou que o Grupo SBF (SBFG3), Renner, C&A (CEAB3), Vulcabras e Guararapes (GUAR3) são as companhias com maior exposição ao dólar nos seus custos de mercadorias vendidas. 

O Santander destacou que, principalmente no caso da Vivara, a forte exposição está ligada ao fato de que os custos da companhia são compostos, especialmente, por ouro e prata, que são comercializados em dólar. As informações são do “InfoMoney”. 

Temu é realmente uma ameaça para varejistas no Brasil?

A chegada da plataforma chinesa Temu no Brasil tem gerado uma série de receios. O movimento também é observado como um verdadeiro desafio para as varejistas que já atuam no País.

Analistas ouvidos pelo BP Money confirmaram que a chegada da Temu reforça um cenário competitivo. Contudo, apontam que, possivelmente, o imposto de 20% aprovado na Câmara pode atenuar “essa chegada”.

A Temu é propriedade da asiática PDD Holdings e está sendo intitulada por parte do noticiário como um “fenômeno global”.

Com isso, a analista de varejo Carol Sanchez apontou que a empresa deve fomentar um cenário de competitividade já observado no varejo nacional.

Segundo ela, essa competitividade de estende tanto se tratando de lojas físicas quanto em relação ao e-commerce. “Principalmente por Shein e Shopee terem caído no gosto do consumidor brasileiro”, acrescentou Sanchez.