A Vibra Energia (VBBR3) registrou um lucro líquido de R$ 867 milhões no segundo trimestre, marcando um impressionante crescimento de 551,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior, superando as expectativas do mercado.
A previsão média dos analistas era de um lucro de R$ 659,4 milhões para o período de abril a junho, conforme dados da LSEG.
Em relação ao trimestre anterior, o lucro cresceu 9,9%, principalmente devido ao desempenho operacional positivo do período e ao anúncio de aproximadamente R$ 500 milhões em Juros sobre Capital Próprio (JCP), informou a empresa.
O indicador de geração de caixa, avaliado Ebitda pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, alcançou R$ 1,55 bilhão, apresentando um crescimento de 70,3% em relação ao ano anterior.
“Esse resultado inclui ganhos não recorrentes com vendas de imóveis (R$ 107 milhões) e recuperação tributária (R$ 65 milhões)”, afirmou em relatório de resultados.
Excluindo esses efeitos, o Ebitda ajustado recorrente totalizou R$ 1,38 bilhão no período, conforme informou a Vibra.
Vibra Energia registra variações no volume de vendas
A empresa também reportou uma diminuição de 2,3% no volume de vendas em relação ao mesmo trimestre do ano passado, mas observou um aumento de 2,6% em comparação com o trimestre anterior.
De acordo com a companhia, o crescimento trimestral foi impulsionado pelo aumento nas vendas de diesel (+10,1%), gasolina (+1,4%) e lubrificantes (+14,2%).
No entanto, esse crescimento foi parcialmente compensado pela queda nos volumes vendidos de óleo combustível (-18,1%), coque (-81,8%), etanol (-2,8%) e combustível para aviação (-4,9%).
Em uma mensagem da administração, o presidente da empresa, Ernesto Pousada, destacou que a Vibra Energia alcançou uma participação de mercado de 31,1% com sua rede de postos com bandeira e 29,9% com clientes B2B diretos.
Pousada também informou que, durante o último trimestre, a normalização dos estoques de combustíveis permitiu a liberação de capital de giro, resultando em efeitos positivos no caixa da empresa.
A dívida líquida foi de R$ 10,4 bilhões em junho, considerando o primeiro semestre, representando uma redução de 14,5% em relação ao mesmo período do ano passado.