Dona da Uniasselvi

Vitru (VTRU3): ações sobem mais de 16% em sessão de estreia

Em movimento inédito, a empresa dona da Uniasselvi e UniCesumar retirou as ações listadas na Nasdaq e trouxe para o mercado brasileiro

A Vitru Educaçao controla o grupo de ensino à distância Uniasselvi
A Vitru Educaçao controla o grupo de ensino à distância Uniasselvi / Foto: Divulgação

Em sessão de estreia na B3 – bolsa de valores brasileira – nesta segunda-feira (10), os papéis da Vitru Educação (VTRU3) estão em alta durante a manhã. Por volta das 11h (horário de Brasília), as ações subiam 16,43%, cotadas a R$ 13,94.

Em um movimento inédito, a empresa, que controla os grupos de ensino a distância Uniasselvi e UniCesumar, retirou as ações listadas na Nasdaq e trouxe para o mercado brasileiro, de olho, principalmente, em uma maior proximidade com os investidores locais.

“A gente está sendo pioneiro e abrimos as portas para outras empresas para pensarem neste movimento. Mas vale dizer que a nossa história é de sucesso”, disse William Matos, CEO da Vitru, em entrevista ao InfoMoney.

A estreia na bolsa americana foi em setembro de 2020, com captação de US$ 96 milhões. Na sexta-feira (7), seu último dia de negociação na bolsa eletrônica dos EUA, as ações da Vitru (VTRU) fecharam a US$ 9,07, uma alta de 2,5% em relação ao dia anterior.

No entanto, no ano, as ações acumularam uma queda de 42,45%, e desde sua estreia na Nasdaq a US$ 16, a desvalorização foi de 43,3%.

Desde 2017, 18 empresas brasileiras abriram capital e ofertaram ações no mercado americano, principalmente na Nasdaq.

Vitru Educação (VTRU3) na B3: ‘não é surpreedente mas faz sentido’

João Albanese, sócio-fundador da Unio Partners, comenta que, embora a chegada da Vitru na B3 não necessariamente sinalize uma nova tendência, ela não é surpreendente e até faz sentido.

Ele afirmou que muitas empresas, tanto brasileiras quanto de outros países, desejam abrir capital nos Estados Unidos por diversos motivos, que vão desde o “status social” até a oportunidade de acessar um investidor mais experiente, incluindo investidores institucionais.

“Nos Estados Unidos, o investimento em bolsa é cultural”, pontua. “Boa parte da população investe em bolsa, isso obviamente gera mais volume para as ações. No entanto, é um mercado muito pulverizado”, comentou.

“Se o investidor pessoa física não conhecer a empresa, não vai comprar a ação. O institucional também não”, completou.