
A Vivara (VIVA3) brilhou no primeiro trimestre com um salto expressivo em seus resultados financeiros, reflexo direto de uma estratégia que combinou crescimento orgânico com expansão física acelerada
Entre janeiro e março, a joalheria reportou um lucro líquido de R$ 115 milhões — valor mais de três vezes superior aos R$ 35,8 milhões registrados no mesmo período do ano passado. A receita líquida acompanhou esse ritmo, avançando 20,8% e atingindo R$ 537,1 milhões.
O desempenho das lojas físicas continuou como o principal motor da companhia, com faturamento de R$ 573,8 milhões, uma alta de 16,4%. Já as vendas digitais mostraram evolução mais moderada, crescendo 8,6% e somando R$ 84,2 milhões. Com isso, a receita bruta consolidada chegou a R$ 660,5 milhões, avanço de 14,9% na comparação anual.
A Vivara atribui os bons resultados ao “crescimento de 10,1% no indicador de vendas nas mesmas lojas e pelo aumento de 14,3% de área de vendas nos últimos 12 meses”, período em que a empresa inaugurou 55 novas unidades.
A combinação de expansão física com performance consistente nas lojas existentes reforça a consolidação da marca no mercado de joias e acessórios no Brasil.
Vivara: mais lojas, mais vendas e lucro triplicado
A Vivara encerrou o primeiro trimestre de 2025 mantendo o ritmo de crescimento da operação e da rentabilidade, mesmo em meio a um cenário de aumento da alavancagem financeira. O impulso veio tanto da performance operacional quanto de efeitos fiscais positivos.
O Ebitda ajustado da companhia alcançou R$ 101,1 milhões, avanço de 54,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. O crescimento foi acompanhado por uma expansão na margem Ebitda ajustada, que saltou de 14,7% para 18,8%, indicando ganho de eficiência operacional.
Do lado fiscal, a linha de imposto de renda e contribuição social teve impacto positivo relevante nos resultados, com um ganho de R$ 44,4 milhões — bem acima dos R$ 9,9 milhões registrados um ano antes.
As despesas operacionais somaram R$ 234,2 milhões no trimestre, alta moderada de 5,6% na comparação anual. Já o endividamento bruto subiu para R$ 469,5 milhões, reflexo da adoção de novas operações de risco sacado com prazos superiores a 90 dias.
Segundo a empresa, “a companhia passou a contratar saldos de risco sacados de prazo superior a 90 dias, que são registrados na linha de empréstimos”.
Com esse novo perfil de dívida, a dívida líquida cresceu para R$ 292,4 milhões, ante R$ 115,9 milhões no fim de 2024. A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, passou de 0,2 vez para 0,4 vez.
A expansão física também continuou: a rede terminou março com 461 pontos de venda ativos, sendo 266 lojas Vivara, 184 unidades da marca Life e 11 quiosques. No trimestre, foram abertas quatro lojas líquidas — todas da linha Life, voltada ao público mais jovem.