O Walmart (WALM34) prevê um lucro inferior em 2025 e sugere que as incertezas macroeconômicas estão pesando sobre a maior varejista do mundo. As ações da empresa iniciaram as negociações em queda de até 9,5% em Wall Street.
A Walmart tem histórico de guidance conservadores apesar da alta expectativa de investidores que observaram valorização de 77% no preço das ações nos últimos 12 meses. As informações foram apuradas pelo InfoMoney.
Jonh David Rainey, diretor financeiro da empresa, descreveu as previsões como em consonâncias com anos anteriores, apesar de reconhecer incertezas relacionadas ao comportamento do consumidor e às condições econômicas globais.
Driblando importações
Para o próximo ano, a Walmart espera um crescimento geral nas vendas líquidas na faixa de 3% a 4%, o que é inferior ao crescimento de 5% que a empresa viu no último ano fiscal.
Rainey disse em uma entrevista que o guidance não inclui o impacto potencial das tarifas, dado o caráter imprevisível dessas taxas. A Walmart importa alimentos do México e produtos de mercadorias gerais, como micro-ondas, da China.
“Trabalharemos com os fornecedores. Vamos nos concentrar em nossas marcas próprias” para manter os preços baixos, disse ele.
Walmart e outras empresas levantam receios sobre ‘tarifas de Trump’
Executivos de grandes empresas, incluindo o Walmart, têm expressado preocupação sobre as possíveis novas tarifas comerciais, especialmente após as eleições de 5 de novembro, quando o republicano Donald Trump à vitória contra a democrata Kamala Harrisna disputa presidencial nos EUA.
Um porta-voz do Walmart afirmou nesta terça-feira (19), após a divulgação do balanço do terceiro trimestre de 2024, que o aumento de tarifas poderia impactar negativamente os preços para os consumidores.
“Estamos preocupados que tarifas significativamente maiores possam levar ao aumento de custos para nossos clientes, em um momento em que eles ainda estão sentindo os resquícios da inflação”, disse o porta-voz, segundo informações da agência de notícias Reuters.
Trump declarou que as tarifas, que representam uma pequena fração da arrecadação fiscal dos EUA, serão um dos pilares de sua agenda econômica. Executivos de várias empresas têm reforçado preocupações sobre o impacto dessa política.