Os ventos devem virar para a empresa brasileira Weg (WEG3) nos próximos meses, segundo aposta de analistas do Itaú BBA. A instituição financeira, através de relatório, reforçou o otimismo em relação a Weg (WEGE3) diante das perspectivas do primeiro trimestre de 2024.
O banco comparou os últimos resultados da concorrente suíça ABB e sugeriu uma potencial inflexão para a empresa brasileira nos próximos meses.
Analistas mencionam que os resultados da divisão motion da ABB – comparável aos negócios de energia da Weg – teriam apresentado tendência de recuperação com ventos favoráveis de preços positivos; demanda robusta em negócios relacionados a projetos e sistemas.
Além disso, a baixa demanda de ciclo curto, embora com sinais de recuperação, indicam potencial inflexão ascendente no ciclo.
O banco também cita a carteira de pedidos da ABB, que chegou ao maior patamar histórico, além de melhorias nas margens da companhia.
O Itaú BBA estima que a asenção da empresa será puxada pela alta do mercado internacional, que deve corresponder a cerca de 30% da receita total da companhia no primeiro trimestre.
As vendas nacionais da empresa representam quase metade, cerca de 16% da receita total.
Em relação à GTD (geração, transmissão e distribuição de energia elétrica) no Brasil, que representa cerca de 25% da receita total, houve uma pequena queda nas importações de painéis solares, registrando 20% a menos que o ano anterior e 10% a menos que o trimestre passado.
WEG (WEGE3): BTG Pactual (BPAC11) vê avanço saudável com novo CEO
Em relatório divulgado pelo BTG Pactual (BPAC11), a avaliação é de que não há grandes mudanças de estratégia corporativa sob comando de Alberto Kuba, que assumiu o cargo de CEO da WEG (WEGE3) no dia 1º de abril. Para a equipe, o executivo deve manter o crescimento sustentável e retornos sólidos.
Anteriormente, a cadeira de CEO da WEG era ocupada por Harry Schmelzer Jr., que o banco considerou ter tido uma “passagem notável”.
Segundo o relatório, a empresa deve seguir com os esforços de globalização e sua estratégia para elevar o valor agregado para os clientes, conquistando, dessa forma, participação no setor de drives, de acordo com o Suno Notícias.
“Temos uma recomendação neutra na Weg, principalmente no valuation, mas é injusto não reconhecê-la como um dos casos de investimento premium no Brasil”, consta no documento, assinado pelos analistas Lucas Marquiori, Fernanda Recchia, Marcelo Arazi e Marcel Zambello.