O Wells Fargo apresentou um lucro de US$ 5,114 bilhões no terceiro trimestre de 2024, uma queda de 10,5% em comparação com os US$ 5,7 bilhões obtidos no mesmo período do ano anterior.
Esse desempenho corresponde a um lucro por ação de US$ 1,42, 4% inferior ao valor de US$ 1,48 registrado no terceiro trimestre de 2023.
A receita de juros do banco foi impactada pela menor demanda por crédito e pelo aumento nos pagamentos de rendimentos aos correntistas. Isso exerceu pressão sobre os resultados financeiros.
A receita do banco totalizou US$ 20,366 bilhões, representando uma retração de 2% frente aos US$ 20,8 bilhões do mesmo período do ano passado.
Os analistas, em média, esperavam que o banco apresentasse uma receita líquida de 11,87 bilhões de dólares, conforme as estimativas compiladas pela Lseg.
Os depósitos totalizaram US$ 1,341 bilhões, um ligeiro aumento em relação aos US$ 1,340 bilhões do ano anterior. Já a carteira de empréstimos apresentou uma queda de 3,5%, passando de US$ 943 milhões para US$ 910 milhões.
Wells Fargo: dominância fiscal cria incertezas sobre Selic
O banco Wells Fargo aponta que a dominância fiscal está gerando incertezas sobre a taxa Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira.
A situação de desequilíbrio fiscal tem levado a crise fiscal a predominar na política econômica, dificultando a elevação dos juros pela autoridade monetária para combater a inflação.
Com uma dívida elevada, o cenário das contas públicas tende a se deteriorar, o que pode acabar pressionando ainda mais a inflação.
Segundo a economista Brendan McKenna, os formuladores de políticas do Banco Central brasileiro enfrentam uma situação desafiadora. As taxas de juros reais elevadas estão contribuindo para a moderação do crescimento econômico.
No entanto, a falta de clareza sobre o comprometimento do governo com a responsabilidade fiscal está intensificando as pressões inflacionárias.
“Como resultado, um cenário de dominância fiscal está começando a se materializar, o que também está gerando pressões de desvalorização sobre a moeda brasileira, dada o estado já precário das finanças públicas”.