O heade de cobertura do setor de saúde da XP, Rafael Barros, declarou nesta terça-feira (24) que acredita que o segmento de saúde enfrenta alguns desafios no curto prazo para as companhias sob sua cobertura.
“A gente vê as clínicas e hospitais instruídos sobre seus fornecedores por melhores preços e condições. Isso acaba impactando os resultados da Blau (BLAU3) e da Viveo (VVEO3), que são alguns dos fornecedores dessas clínicas e hospitais”, disse o analista da XP, de acordo com o “InfoMoney”.
Segundo Barros, houve um período bastante difícil para a Blau Farmacêutica (BLAU3) após a sua abertura de capital, quando abordaram algumas questões regulatórias que afetavam a sua capacidade de ser competitiva em licitações públicas.
“Esse problema parece ter sido resolvido, e a empresa vem mostrando bons resultados há alguns trimestres. Estamos monitorando melhorias de lucros com investimentos e parcerias”, explicou.
Com isso, a XP mudou a recomendação de neutra para compra para os papéis da Blau, com preço-alvo de R$ 18,20 por ação.
Já na relação com a Viveo (VVEO3), ele entende que a parte operacional da companhia está “bastante pressionada”. “Além disso, a geração de caixa ficou muito aquém do esperado, e o endividamento da empresa aumentou consideravelmente”, disse ele.
“É uma empresa que está com dificuldades operacionais e um endividamento elevado”, complementou.
“Entendemos que o risco do papel ficou muito alto”, afirmou o especialista, destacando que a XP rebaixou a recomendação do Viveo de compra para neutra, com preço-alvo de R$ 2,60 por ação.
Azzas 2154 (AZZA3): está atrativa mesmo após temor sobre fusão, diz XP
As ações da Azzas 2154 (AZZA3) têm apresentado desempenho inferior ao mercado desde a conclusão da fusão entre Arezzo&Co e Grupo Soma, devido a uma dinâmica de resultados pouco promissora no curto prazo, segundo a análise da XP Investimentos.
Os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer relatam que as ações acumulam uma queda de 12% desde 1º de agosto, enquanto o Ibovespa apresentou uma valorização de 3% no mesmo período.
Além da expectativa de resultados mais fracos, com algumas de suas marcas principais enfrentando dificuldades, os analistas observam que a insatisfação do mercado em relação ao potencial de sinergias também ajuda a esclarecer essa tendência.
Contudo, a corretora argumenta que o preço das ações é atraente mesmo em um cenário sem sinergias, uma vez que estão sendo negociadas com um desconto significativo em relação a outras varejistas de consumo discricionário.
A XP mantém uma recomendação de compra para Azzas 2154, estabelecendo um preço-alvo de R$ 70, o que representa um potencial de valorização de 56,8% em relação ao fechamento da última sexta-feira (20).