A AGU (Advocacia-Geral da União) comprovou a validade da cobrança de uma multa de R$ 1,7 milhão aplicada pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) conta a operadora de Hapvida.
Após ser anulada em primeiro grau, a cobrança foi reconhecida como válida por unanimidade em acórdão da 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), que acolheu os argumentos apresentados pela AGU.
A cobrança judicial se refere a cinco multas aplicadas pela ANS contra a Hapvida entre 2016 e 2017 após a operadora se negar cobrir atendimento a beneficiário do plano de saúde, totalizando R$ 1.798.092,77.
Atendendo a pedido da Hapvida, o juízo da 9ª Vara Federal da Seção Judiciária do Ceará declarou nula a cobrança e extinguiu a execução fiscal, “por entender que houve deficiência na indicação do fundamento legal das multas, o que teria prejudicado o direito de defesa da parte devedora”, escreveu a AGU em uma publicação no seu site.
Lucro da Hapvida (HAPV3) soma R$ 148,9 milhões, queda anual de 64,2%
A Hapvida apurou lucro líquido de R$ 148,9 milhões, o que representa uma queda de 64,2% em comparação com o mesmo período do ano passado. Com ajustes, o lucro totalizou R$ 299,3 milhões.
No acumulado do ano, até o mês de junho, a companhia obteve lucro líquido de R$ 565,3 milhões, queda de 42,6%. Informações via E-Investidor.
A receita líquida ajustada da operadora de planos de saúde foi de R$ 7,674 bilhões no trimestre, alta de 7,3% ante o mesmo período do 2024. A receita líquida da Hapvida totalizou R$ 14,925 bilhões, um aumento de 7,8%.
Já o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) foi de R$ 703 milhões, queda de 26,6%. Aplicando os ajustes, o Ebitda foi de R$ 905,4, redução de 5,5%. O Ebitda ajustado do semestre foi de R$ 1,909 bilhão, uma queda de 12,8%.
O índice de sinistralidade caixa da operadora foi de 71% no segundo trimestre de 2025, alta de 0,5 ponto percentual em comparação com o mesmo período em 2024. No acumulado do ano, a sinistralidade alcançou 73,9%, alta de 0,4 ponto percentual.
O resultado do Ebitda foi um dos pontos destacados pelo banco Citi, que considerou o balanço positivo, apesar dos recuos. A instituição financeira também destacou a retomada comercial da empresa, que avançou 13% nas vendas brutas.
Já o Bradesco BBI vê como levemente positivos os resultados do Hapvida (HAPV3), graças ao aumento líquido de 57 mil vidas no período. Ambos os bancos mantiveram as recomendações de compra para as ações da operadora. O preço-alvo do Citi foi estabelecido em R$ 60, já do BBI é R$ 48