Todas as compras de até US$ 50 realizadas na AliExpress e na Shopee a partir de 27 de julho serão taxadas com o novo imposto sobre as remessas internacionais, mais conhecido como “taxa das blusinhas”.
O novo imposto, de 20% sobre o valor da compra, entra em vigor no dia 1º de agosto. Contudo, como há defasagem entre a realização da compra e a emissão da DIR (Declaração de Imposto de Remessa), que pode ser realizada alguns dias após o pedido do consumidor, as compras feitas na AliExpress e na Shopee no final de julho já serão taxadas.
A AliExpress, que fechou uma parceria com o Magazine Luiza (MGLU3) recentemente, destacou que clientes e parceiros serão comunicados nos canais oficiais da companhia sobre as próximas movimentações.
Já a Shopee afirmou que os valores serão calculados e detalhados na finalização da compra. “Para os usuários que comprarem dos mais de três milhões de vendedores brasileiros, não haverá mudanças”, disse em nota, de acordo com o “Valor”.
A Shein, por sua vez, informou que passará a aplicar o novo imposto nas compras a partir das 00h em 1º de agosto, mas alerta os consumidores sobre a possibilidade de a tributação ser atribuída a compras realizadas antes desse período.
“A situação prática é que compras feitas até dois ou três dias antes dessa data poderão ser tributadas com o novo imposto de importação, já que existe um intervalo entre o momento da compra e a declaração à Aduana”, disse a companhia.
Alibaba: dona da AliExpress é investigada por suposta espionagem
A Alibaba, dona da AliExpress, é alvo de investigação do serviço de inteligência da Bélgica por suspeita de espionagem, informou o jornal Financial Times.
No braço logístico da gigante chinesa de e-commerce no terminal de carga em Liège, os serviços de segurança da Bélgica, segundo o Financial Times, buscam detectar “possíveis atividades de espionagem e/ou interferência” realizadas por entidades chinesas, “incluindo o Alibaba”, que, por sua vez, nega qualquer irregularidade.
Em 2018, o Alibaba assinou um acordo com a Bélgica para abrir o hub em Liège, o quinto maior aeroporto de carga da Europa, investindo € 100 milhões na economia da região da Valônia, que estava em dificuldades.