A Apple (AAPL34) firmou um acordo, na quinta-feira (14), de US$ 490 milhões com investidores que alegam ocultação da queda nas vendas de Iphone na China em 2018.
Apesar da definição, a fabricante do Iphone negou irregularidades no acordo de liquidação e disse que concordou para evitar uma disputa legal prolongada e custosa.
Os autores da ação entraram com a reclamação em 2019 e, à época, declararam que a Apple violou a lei federal de valores mobiliários ao fazer declarações falsas e enganosas sobre o desempenho da empresa na China.
Em janeiro de 2019, a Apple divulgou que o negócio de iPhones na China estava enfrentando dificuldades e reduziu sua projeção de receita trimestral pela primeira vez em mais de 15 anos.
Com a pandemia de covid-19 e o controle exercido pelo governo chinês, as tensões aumentaram.
As restrições do país asiático, as mais rígidas do mundo, alimentaram o descontentamento generalizado e interromperam a produção de fabricantes, incluindo a Foxconn de Taiwan, o maior fornecedor de iPhone, da Apple.
Na ação, os investidores afirmam que a Apple sabia que as vendas iam mal na China e deveriam ter comunicado mais cedo. “As métricas de negócios e as perspectivas financeiras da Apple não eram tão fortes quanto os réus haviam levado o mercado a acreditar”, disseram os autores da ação.
Vendas da Apple na China caem 13% no 4TRI23
A gigante da tecnologia amarga queda cada vez maior na China. A Apple já vinha enfrentando uma maior concorrência no país asiático nos últimos trimestres, seu terceiro maior mercado. Por lá, as vendas caíram 13% no quarto trimestre, para US$ 20,8 bilhões.
O valor ficou muito aquém dos US$ 23,5 bilhões previstos pelos analistas e foi o trimestre de dezembro mais fraco da Apple no país asiático desde o primeiro período de 2020.
As ações caíram 2% nas negociações estendidas do mercado de ações americano após a divulgação do relatório. No pregão regular, fecharam a US$ 186,86 em Nova York, queda de 2,9% este ano.