As ações da Azul (AZUL4) lideraram as perdas do Ibovespa em 2024, como apontou o levantamento do Investing.com. O ranking, realizado em 19 de dezembro, registrou uma variação negativa de mais de 77% nos papéis da empresa aérea no acumulado deste ano.
Neste ano, a Azul (AZUL4) enfrentou altos e baixos no Ibovespa. Com a maior parte dos ativos do índice em queda, as ações da companhia se destacaram negativamente.
As perdas da empresa ocorreram em meio a uma série de notícias turbulentas. A Azul preocupou o mercado ao anunciar uma dívida de US$ 580 milhões (aproximadamente R$ 3,5 bilhões).
Para reduzir as dívidas, a empresa chegou a um acordo com credores que envolve a utilização de 100 milhões de ações preferenciais como forma de pagamento de aproximadamente R$ 3 bilhões em dívidas.
Embora o avanço nas negociações com credores tenha feito os papéis da empresa dispararem em algumas sessões, os ganhos não foram suficientes para sustentar a recuperação dos ativos, como destacou o Suno.
Na lista das empresas com pior desempenho, a AZUL4 é seguida pelos papéis da Cogna (COGN3), que caíram 71% até a data do levantamento, e pela Magazine Luiza (MGLU3), com queda de 67,6%.
Azul (AZUL4) avança em negociação com credores
Conforme informado pela Azul (AZUL4), em janeiro serão lançadas as ofertas de permuta e solicitações de consentimento relacionadas às notas de primeiro e segundo grau como parte do seu processo de renegociação de dívidas com credores.
Foi necessário negociar, antes do lançamento das ofertas de permutas, alguns termos das transações com o grupo ad hoc de detentores de títulos de dívidas apoiadores, disse a Azul.
A companhia aérea negocia alguns pontos como acordos de governança pós-transação e planos de incentivo à administração, estes que incluem direitos de indicação ao conselho e um compromisso de migração para uma única classe de ações.