Recomendação neutra

Azul (AZUL4) vive 'dilema de diluição', diz XP

A Azul (AZUL4) liquidou parte de sua concessão de aeronaves por meio de um instrumento conversível em ações

Azul
Azul (AZUL4) / Foto: Divulgação

Em seu mais recente relatório sobre a Azul (AZUL4), a XP se referiu ao cenário da aérea como um “dilema de diluição”. A casa manteve recomendação neutra para as ações da companhia, com preço-alvo de R$ 6,60, correspondendo a um potencial de valorização de 18%.

O dilema relatado pela XP ocorre mesmo com a aérea conseguindo um acordo extrajudicial bem sucedido com os arrendadores/fornecedores. A questão é que a Azul (AZUL4) liquidou parte de sua concessão de aeronaves por meio de um instrumento conversível em ações. Tal instrumento fornece uma antecipação para a liquidez, mas implica num risco específico de diluição de capital.

Em seu relatório, a casa destacou que, no preço atual das ações da empresa, a conversão representa uma diluição de 56% para os acionistas. Esse nível foi classificado como “severo” pela XP.

Diante disso, os analistas da casa atualizaram suas estimativas para incluir um desempenho mais fraco do RASK, ao passo que a XP atrapalha as estimativas de tarifa. A projeção também aponta para um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) positivo, baseado em uma redução ainda mais forte do CASK.

Azul (AZUL4): negociação com arrendadores segue em andamento

companhia aérea Azul (AZUL4) comunicou que ainda não chegou a um acordo definitivo com os arrendadores de aeronaves para a reestruturação de seu capital.

Segundo a empresa, os termos das negociações seguem em andamento e podem sofrer modificações.

“Dado que, no momento, as negociações seguem em andamento e não há documento vinculante firmado, os termos e condições de uma eventual reestruturação ainda estão sujeitos a discussão e definição pelas partes envolvidas”, disse a empresa.

“Da mesma forma, tais negociações não excluem ou limitam outras discussões e modelos para otimização da estrutura de capital da Azul.”

Nas negociações, os arrendadores de aeronaves podem obter uma participação ligeiramente superior aos 20% inicialmente previstos no capital da Azul. A empresa está em diálogo com quatro grandes players do setor de leasing: AirCap, Falko, Avolon e Nordic.

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