Resultado esperado

Banco do Brasil (BBAS3): lucro despenca de 60% no 2T25

O Banco registrou lucro líquido ajustado do R$ 3,8 bilhões no segundo trimestre de 2025

Banco do Brasil (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Banco do Brasil (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Banco do Brasil (BBAS3) registrou lucro líquido ajustado do R$ 3,8 bilhões no segundo trimestre de 2025, uma queda de 60% comparando com o mesmo período no ano passado.

Os dados do balanço foram divulgados nesta quinta-feira (14), à noite, disse o Infomoney. Os papéis BBAS3 fecharam o dia com avanço de 2,90%, com investidores à espera dos dados.

O resultado foi abaixo dos R$ 4,99 bilhões estimados pelos analistas da LSEG. Comparando com o semestre passado, a queda foi de 40,7%, com R$ 18,8 bilhões no primeiro semestre de 2024 contra R$ 11,2 bilhões no mesmo período de 2025.

O resultado negativo já era esperado devido aos dados de inadimplência do agronegócio e dados prévios divulgados pelo Banco do Brasil, como o lucro “magro” de  R$ 500 milhões em maio, bem menor do que o reportado em abril, de R$ 1,7 bilhão, queda de 70% no mês e 85% no ano, disse o Money Times. O lucro de maio, inclusive, foi um dos fatores que levou o JP Morgan a cortar o preço-alvo do BBAS3.

“O ano de 2025 é de ajuste para aceleração do crescimento. Projetamos lucro entre R$ 21 e 25 bilhões e seguimos com investimentos estruturantes para geração de riqueza aos nossos acionistas, oferecendo a melhor experiência e soluções mais adequadas aos nossos clientes. Isso passa pelo relacionamento pautado pela proximidade, pelo uso intensivo de tecnologia e capacitação permanente dos nossos funcionários,” afirmou a presidenta do BB, Tarciana Medeiros.

O ROE (Retorno sobre Patrimônio) ficou em 8,4% no segundo trimestre.

Falando sobre as carteiras, a de crédito expandida avançou 11,2% comparando com o mesmo período de 2024 e os dados divulgados nesta semana, em 1,24 trilhões. Na comparação entre o primeiro e o segundo trimestre, a alta foi de 1,3%

Em pessoas físicas, a carteira de crédito subiu 8%, finalizando o trimestre em R$ 342,6 bilhões. Já em pessoas jurídicas, o avanço foi de 14,7%, em R$ 468 bilhões. Na líder das polêmicas do Banco do Brasil, a carteira de agronegócio, também foi registrado avanço: o trimestre fechou em R$ 404,9 bilhões, alta de 8%.

As despesas administrativas cresceram 4,7%, em R$ 9,7 bilhões. O maior crescimento foi observado em despesas de pessoal, em R$ 6,4 bilhões, contra R$ 6,1 bilhões no 2T24.

As perdas esperadas por empréstimos avançaram 89,3% no 1º semestre, em R$ 31,6 bilhões. Resultado reflete principalmente o aumento da inadimplência na carteira de agronegócios e de Micro, Pequenas e Médias Empresas.

“Diante disso, tomamos ações imediatas que incluem a revisão dos fluxos de cobrança, priorização de desembolsos no contexto da matriz de resiliência, maior concessão em
linhas que possuem mitigadores ou fundos garantidores e o reforço do relacionamento cada vez mais próximo e resolutivo junto aos clientes”, afirmou a companhia no comunicado em que divulgou os resultados.