Banco Master (Foto: reprodução/IstoéDinheiro)
Banco Master (Foto: reprodução/IstoéDinheiro)

O Banco Master honrou cerca de R$ 200 milhões de CDBs que venciam nesta segunda-feira (6), afirma o jornal Valor Econômico. O vencimento foi noticiado pelo colunista Lauro Jardim, de O Globo, e não estava claro se o banco teria condições de pagar.

Em situação delicada, o Banco Master de Daniel Vorcaro não faz novas captações desde março deste ano e precisou tomar um empréstimo emergencial de quase R$ 4 bilhões com o FGC (Fundo Garantidor de Créditos), que foi rolado e venceu na semana passada.

Não há informações detalhadas sobre quanto em passivos o Master tem vencendo nos próximos meses. De acordo com interlocutores, desde março, quando foi anunciado o acordo com o BRB – que foi vetado pelo Banco Central posteriormente – o Master já teria honrado quase R$ 10 bilhões em dívidas.

No balanço de 2024, o grupo tinha R$ 16,068 bilhões em passivos a vencer em 2025, sendo R$ 7,665 bilhões no primeiro semestre. O Banco Master não divulgou o balanço do primeiro semestre deste ano, cujo prazo vencia no dia 30 de setembro.

O presidente do BC, Gabriel Galípolo, se reuniu com a cúpula do FGC em São Paulo (SP), na sexta-feira passada (3). O encontro, ocorreu em meio à indefinição sobre a situação do Master.

Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master, continua na ofensiva para tentar obter liquidez e evitar uma intervenção do BC. Há duas semanas, ele vendeu a seguradora Kovr, e agora tenta vender o Will Bank, disse o Valor.

Segundo o noticiado pelo Pipeline, ele contratou recentemente a assessoria financeira Laplace para encontrar um comprador para o Will. “Qualquer venda de ativo é uma redução da exposição do FGC ao banco, o que tornaria o fundo mais inclinado a negociar”, afirma uma fonte próxima ao tema.

BRB não vai recorrer de veto do BC à compra do Banco Master

BRB (Banco de Brasília) decidiu encerrar as tentativas de adquirir o banco Master após o veto do BC (Banco Central) à operação. A desistência, segundo reportagem do Estadão, veio após uma última tentativa de negociação com o regulador — sem sucesso.

Na quarta-feira à tarde, horas antes do anúncio da decisão oficial, o BRB enviou um ofício ao BC sinalizando abertura para reformular os termos do negócio e atender eventuais exigências. O gesto, no entanto, não surtiu efeito: à noite, o BC confirmou que a operação havia sido reprovada.

Segundo fontes ligadas ao BRB, a avaliação interna é de que “eventuais mudanças no formato proposto não fariam o BC reconsiderar sua avaliação”. Diante disso, o banco optou por não recorrer da decisão.