Foto: Divulgação / Banco do Nordeste
Foto: Divulgação / Banco do Nordeste

O BC (Banco Central) está analisando, nos próximos dias, a multa de R$ 220 milhões aplicada ao Banco do Nordeste por irregularidades na concessão de crédito rural. A penalidade foi aplicada após a autarquia identificar que o BNB descumpriu a regra que obriga instituições a usar recursos da poupança rural para oferecer crédito ao agronegócio durante seis anos: 2013, 2014, 2017, 2018, 2019 e 2020. A multa foi formalizada em dezembro de 2022.

O caso está tramitando no Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, última instância administrativa do BC. O BNB se defendeu dizendo ter seguido as normas vigentes à época e questiona a condução das investigações, além do valor da penalidade.

Nesse cenário, políticos do Centrão no Nordeste historicamente se revezam em indicações para a cúpula do BNB, amplificando a pressão sobre decisões internas e disputas por influência na instituição.

BC: processo havia sido encaminhado em 2025

O processo havia sido encaminhado ao conselho em maio de 2025 e deve ter decisão final ainda nesta semana. O órgão é visto como a última instância administrativa para julgar decisões do BC e inclui representantes da autarquia, do Ministério da Fazenda, da Comissão de Valores Mobiliários e do mercado financeiro. Segundo informações do Metrópoles, a relatoria do caso do BNB está sob responsabilidade do conselheiro Gryecos Attom Valentina Loureiro.

Em nota, o Banco do Nordeste afirmou que “aguardará o julgamento do recurso apresentado ao Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional para se pronunciar, reafirmando seu compromisso com o cumprimento das políticas públicas de crédito rural, com o desenvolvimento regional e com a promoção da inclusão financeira”.