O BC (Banco Central) deve emitir seu parecer sobre a aquisição de 49% das ações ordinárias do Banco Master pelo BRB (Banco de Brasília) já na próxima semana. O movimento ocorre após a sanção, na quarta-feira (20), pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, da lei que autoriza a compra, segundo informações do Broadcast.
Com os últimos detalhes sendo finalizados, a expectativa é de que o “sim” da autarquia seja confirmado, mesmo com o presidente do BC, Gabriel Galípolo, em viagem ao exterior — para o México e o Uruguai.
“A expectativa é a de que o BC se manifeste na semana que vem”, disse um interlocutor ouvido pela reportagem. Outra fonte confirmou que há chances de o regulador apresentar seu veredicto já nos próximos dias.
Embora não participe da negociação, o Banco Central tem mandato para supervisionar o setor bancário, incluindo a análise e aprovação (ou rejeição) de fusões e aquisições, papel que também cabe ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
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Detalhes da operação e envolvimento de outras instituições
Mais cedo, o BRB divulgou fato relevante informando que o perímetro da operação — ativos e passivos a serem excluídos — passou de R$ 19,8 bilhões para R$ 51,2 bilhões. O BRB deve assumir a fatia conhecida como “good bank” do Master, de Daniel Vorcaro, que pretende se desligar completamente da instituição.
Já a parcela considerada “bad bank” deve ser absorvida por outras instituições. No início de maio, foi noticiado que, além do BRB, o BTG Pactual e a J&F Investimentos estariam entre os preferidos para assumir partes do Master.
O BTG era uma alternativa considerada desde dezembro do ano passado, tanto de forma isolada quanto conjunta, mas Banco Original e PicPay, do grupo J&F, também devem entrar em parte da operação.
Reunião e interesses específicos
A instituição de André Esteves já havia adquirido alguns ativos do Master, restando agora definir o que ainda pode interessar à operação menor do BRB. Já a J&F teria interesses mais específicos em alguns segmentos. Na última sexta-feira (15), Galípolo se reuniu novamente em São Paulo com Esteves e com o acionista da J&F, Joesley Mendonça Batista.
