A Nasdaq caiu mais de 1% na terça-feira (15), puxada, sobretudo, pela Big Tech holandesa ASML. Os papéis da empresa caíram mais de 16% na Bolsa de Amsterdã e impactou as ações da Nvidia (-4%) e outros pares. Por isso o impacto na Bolsa americana.
O motivo da queda – a maior em 26 anos – foi a decepção do mercado diante dos resultados e projeções da ASML. A Big Tech recebeu apenas metade dos pedidos que os analistas esperavam no terceiro trimestre: foram de € 2,6 bilhões (US$ 2,8 bilhões), bem abaixo da estimativa média de € 5,39 bilhões, segundo analistas consultados pela Bloomberg.
A ASML também reduziu as projeções para o ano de 2025. Após a maior queda nas ações desde junho de 1998, as negociações chegaram ser suspensas temporariamente.
As ações da empresa de tecnologia mais valiosa da Europa caíram um terço desde que atingiram seu recorde em julho. O impacto do aperto dos EUA sobre o setor de tecnologia da China e uma demanda mais fraca do mercado são os principais fatores para isso.
Em setembro, os Países Baixos divulgaram novas regras de controle de exportação. Agora, a ASML vai solicitar licenças de exportação em Haia, e não nos EUA, para algumas de suas máquinas mais antigas.
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A companhia surgiu em 1984 após um projeto conjunto entre a Philips e a Advanced Semiconductor Materials International – ASMI em 1994 a Philips vendeu sua participação na empresa.
Hoje, a Advanced Semiconductor Materials Lithography – ASML é a maior fornecedora de sistemas de litografia para a indústria de semicondutores e única no mundo a oferecer máquinas de fotolitografia de ultravioleta extremo, usadas para fabricar os chips mais avançados, ou seja, de IA (inteligência artificial)
Com isso, a pressão dos EUA para a empresa restringir seus negócios com a China só vem crescendo.
A ASML tem valor de mercado estimado de € 257,2 bilhões e é a maior da Europa no ramo (a companhia foi responsável por 52% do market cap holandês em 2023).
